
Segundo o relator do recurso, desembargador Doorgal Andrada, a decisão da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, da Vara do Tribunal do Júri de Contagem, foi devidamente fundamentada. Para o magistrado “há provas de que o delito foi praticado e indícios suficientes de autoria, tornando-se necessária a manutenção da prisão cautelar, como forma de resguardar a ordem pública e a conveniência da instrução criminal”.
Outro fator apontado pelo desembargador é a grande popularidade do goleiro e o apelo popular, inclusive com demonstrações de ódio contra o acusado.
Os defensores do atleta acreditavam na libertação de Bruno pelo fato dele ter se apresentado espontaneamente à Justiça, além de ter endereço fixo, emprego e bons antecedentes.
Mesmo que tivesse o pedido de liberdade concedido, Bruno seria transferido para o Rio de Janeiro, onde foi condenado a quatro anos e seis meses de reclusão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal de Eliza.
Relembre o caso
De acordo com o inquérito, Eliza e o bebê, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido mantida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta fora dali. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza.
Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado (12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de sequestro e cárcere privado do menor.
Fonte: Estado de Minas
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