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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Chefe de Polícia manda lacrar delegacia especializada por suspeita de corrupção

Quarenta e oito horas após a Polícia Federal deflagrar a Operação Guilhotina, que prendeu 30 policiais civis e militares suspeitos de envolvimento em corrupção, formação de milícia e saque de bens de bandidos — entre eles, o ex-subchefe de Polícia Civil Carlos Oliveira —, o chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, mandou lacrar, neste domingo, o acervo cartorário da Delegacia de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco). A delegacia especializada colaborou nas investigações da PF. Como motivo, Turnowski disse ao secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, segundo a assessoria do órgão, que há suspeitas de corrupção envolvendo a equipe do diretor da Draco, Cláudio Ferraz.

A ação teria como pano de fundo uma briga pelo poder na cúpula da segurança pública. No sábado, Beltrame disse que Allan não estava garantido no cargo. Na sexta-feira, o chefe de Polícia Civil foi chamado à PF para prestar esclarecimentos sobre os fatos que deflagraram a Operação Guilhotina. Ferraz, por sua vez, já foi cogitado algumas vezes para assumir a chefia de Polícia. Ele é homem de confiança de Beltrame. O secretário já chegou a classificar Ferraz como “a principal autoridade da segurança no combate à milícia no Rio”.
— Não fui informado oficialmente dos motivos da operação que lacrou a delegacia. Amanhã (hoje), às 10h, vou prestar depoimento na Corregedoria e saber o que está acontecendo — disse Ferraz.

Beltrame consentiu

A ação de ontem foi antecedida por um telefonema de Allan a Beltrame. Segundo sua assessoria, Beltrame não foi contra, e, hoje, irá tomar conhecimento de mais detalhes da operação.
À tarde, três equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil foram à Draco, na Zona Portuária do Rio. Segundo alguns policiais, a Corregedoria deve ir hoje à Draco para recolher computadores e material na especializada.

Disputa

Quando o delegado Allan Turnowski assumiu a Chefia de Polícia Civil, em 22 de abril de 2009, no lugar de Gilberto Ribeiro, o secretário de Segurança sofreu um revés político. Seus nomes para o cargo eram Rivaldo Barbosa, então subsecretário de Inteligência, e Cláudio Ferraz, titular da Draco, mas José Mariano Beltrame se viu, administrativamente, obrigado a aceitar a indicação de Turnowski.
Agora prestigiado pelo governador Sérgio Cabral, neste início de segundo mandato, Beltrame pretende repetir, nas polícias Civil e Militar, a receita que usou ao assumir a pasta. Quando sentou no gabinete da Praça Cristiano Ottoni, em janeiro de 2007, levou delegados de sua confiança, ambos da Polícia Federal, para as duas principais subsecretarias: Roberto Sá, na de Integração Operacional, e Edval Novaes, na de Inteligência.
Depois da Operação Guilhotina, a substituição de Allan passou a ser considerada, nos corredores do prédio da Central do Brasil, apenas uma questão de tempo.

— A ordem que recebemos da Chefia de Polícia é “ninguém entra e ninguém sai” — disse um policial da Core, dando o tom do clima tenso que tomou conta da Polícia Civil, ontem.

Recentemente, a Draco passou a ser subordinada à Secretaria de Segurança, como aconteceu originalmente, na época da sua criação. Dessa forma, Cláudio Ferraz deixou de responder por seus atos a Turnowski. Na semana passada, Ferraz foi anunciado como novo titular na Superintendência de Contrainteligência da Secretaria estadual de Segurança.
Uma espécie de promoção na hierarquia da cúpula. A nomeação era esperada para esta semana.
FONTE: CASO DE POLICIA - EXTRA ONLINE

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