A Associação dos Praças da Polícia Militar de Mossoró e Região Oeste  (APRAM) fez um alerta ontem para evitar que pessoas sejam lesadas  visando ajudar à Polícia Militar. Através de nota divulgada em seu blog,  a associação disse que não realiza tal procedimento e alerta  comerciantes, empresários e a população em geral a proceder quando for  abordada com essa finalidade. Os bingos são feitos pela Associação de  Cabos e Soldados (ACS), sediada em Natal, e o dinheiro é revertido para  ações que beneficiam à instituição e não para a Polícia Militar do Rio  Grande do Norte (são independentes).
 Através do site www.apramrn.blogspot.com, o presidente da Associação,  soldado Clayton Jadson, fez uma série de esclarecimentos sobre a venda  de cartelas, feita pela ACS. Após matéria publicada ontem pelo DE FATO,  onde comerciantes dizem ter sido lesados ao comprar as cartelas (cada  uma custa R$ 100,00), a Associação dos Praças da Polícia Militar de  Mossoró e Região Oeste resolveu esclarecer. Jadson afirma que tem sido  procurado por jornalistas e populares acerca da venda dessas cartelas.  “A diretoria continua sendo indagada por populares e imprensa  mossoroense”.
 O presidente da Associação diz desconhecer quem são os policiais  militares da cidade que estão procurando empresários e comerciantes para  oferecer cartelas de bingo, com o fim de ajudar a Associação de Cabos e  Soldados da PM/RN. “Orientamos à população mossoroense que não comprem  tais cartelas até terem certeza do que realmente se trata bem como da  identificação do vendedor sabendo-se, desde já, que o bingo em questão  não está sendo promovido pela Associação de Mossoró”, disse Jadson, em  alusão ao fato de muitas pessoas terem comprado as cartelas sem saber o  seu fim.
 De acordo com duas pessoas ouvidas pelo DE FATO, que adquiriram as  cartelas no fim do ano passado, os policiais “oferecem” o bingo e dão a  entender que o dinheiro será revertido à Polícia Militar. Os dois  afirmaram que contribuíram porque se sentiram pressionados (em um dos  casos, o policial/vendedor foi ao estabelecimento numa viatura, portando  arma e colete da PM), temendo sofrer algum tipo de prejuízo na  segurança dos seus estabelecimentos. Os dois aceitaram comprar uma  cartela, mas foram “forçados” (por pressão) a comprar mais. Cada um  deles gastou R$ 200,00.
 Já a diretoria da ACS nega essa versão. Eles afirmam que o bingo é  legítimo e que a premiação prometida é entregue – uma empresa de Mossoró  já foi contemplada. O cabo Queiroz, um dos diretores, disse à  reportagem que os compradores são informados sobre a finalidade do bingo  e qual será o destino da verba. Ele fez questão de frisar que a ajuda é  “opcional”. “Só contribui quem quer. É uma ajuda”, garantiu o militar.  Ele negou também que membros da Associação utilizem a estrutura ou o  nome da PM para pedir ajuda. O último sorteio foi feito em 11 de  dezembro de 2011.
FONTE : BLOG SOLDADO GLAUCIA 
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