
Em Brasília, o Governo Federal e entidades da sociedade civil anunciaram o início de uma nova campanha pelo desarmamento da população.
A reunião de emergência foi convocada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ficou decidido que a campanha do desarmamento deve ser antecipada para 6 de maio. Um conselho vai decidir os valores a serem pagos pelas armas e analisar a proposta de pagar também pela munição recolhida.
O governo quer que o pagamento seja imediato, que não leve meses como nas últimas campanhas.
“A demora no pagamento faz um desestímulo. Muitas vezes, as pessoas acabam se sentindo lesadas, imaginando que não receberão o pagamento”, explicou o ministro.
Para a organização não governamental Viva Rio, o Brasil vive hoje uma epidemia de armas.
“Uma boa parte das armas ilegais foram compradas ilegalmente. Segundo o órgão da Polícia Civil do Rio de Janeiro, 60% das armas apreendidas no Rio com a bandidagem foram roubadas de residências do Rio de Janeiro”, afirmou Antônio Rangel, do Viva Rio.
Na primeira campanha pelo desarmamento, em 2004 e 2005, 500 mil armas de fogo foram recolhidas. Na segunda, em 2008 e 2009, mais de 40 mil foram entregues.
Mas enquanto governo e entidades da sociedade querem recolher armas, pelo menos nove projetos na Câmara e cinco no Senado facilitam o porte. Eles propõem modificações no Estatuto do Desarmamento. Por exemplo, agentes de segurança e penitenciários fora do expediente de trabalho poderiam portar armas.
A saída, segundo o presidente do Senado, José Sarney, seria um novo referendo sobre a venda de armas, como o de 2005. Nessa consulta, mais de 60% dos brasileiros foram a favor do comércio de armas.
“Eu acho que qualquer iniciativa no sentido de promover e criar uma consciência nacional contra o desarmamento é muito bem vinda”, declarou Sarney.
FONTE: Jornal Nacional - G1
VIA: SOLDADO GLAUCIA
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