Com o Complexo do Alemão e a Vila Cruzeiro sob o domínio do governo, o estacionamento do tráfico está fechado e as quadrilhas, sem direção. Como resultado imediato da ocupação, os índices de roubos de veículos sofreram uma redução drástica. A Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) já prevê uma queda recorde no crime este ano. Na comparação entre a semana de 25 de novembro a 2 de dezembro deste ano e o mesmo período de 2009, a redução foi de aproximadamente 60% em todo o estado do Rio: 206 veículos roubados contra 501.
— Tomamos a garagem do tráfico. Eles não têm mais para onde levar veículos como antes. Os índices só caem — diz o delegado da DRFA, Márcio Mendonça.
Na 16ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) — que engloba Penha, Brás de Pina, Cordovil, Jardim América, Parada de Lucas, Vigário Geral, Olaria e Complexo do Alemão —, os índices despencam também. Em comparação ao ano de 2009, entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro deste ano os roubos de veículos passaram de 18 para sete, queda de 60%.
O delegado da DRFA acompanha diariamente as estatísticas e comprova, com o levantamento de dados sobre os 440 veículos recuperados nas operações, que as quadrilhas do Alemão agiam em todo o estado. Do montante, 46% foram roubados na Zona Norte; 24% na Baixada Fluminense; 12% na Zona Oeste, 6% em Niterói; 4% na Zona Sul; e 8% nas demais áreas.
— Ali se concentrava a maior quadrilha do Rio, que saía para roubar no Estado. Um carro recuperado foi roubado em Angra dos Reis — disse Márcio Mendonça.
Abaixo de 1992
Com a retomada das áreas, a DRFA acredita numa queda histórica no índice. Até novembro, foram 18.730 roubados numa frota estimada em 5 milhões de veículos. Estimando 1.100 roubos em dezembro, ele diz que fechará o ano em 20 mil carros roubados, número inferior aos 23.944 de 1992. Detalhe: há 18 anos, a frota era de 1 milhão de veículos.
— Os valores dos seguros estão caindo, e a tendência é de queda. Essa situação precisa ser continuada — disse Neival Rodrigues Freitas, diretor da Federação Nacional de Seguros Gerais.
FONTE: CASO DE POLICIA - EXTRA ONLINE
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