AREIA BRANCA - A redução significativa de ocorrências na área policial é um dos principais argumentos usados por autoridades locais e setores da sociedade civil, para justificar a necessidade da permanência do posto policial construída no semestre passado, na entrada da cidade. Há cerca de 10 anos era reivindicada a construção de uma barreira policial em área próxima à zona urbana, capaz de monitorar a entrada e a saída de veículos na cidade.
A instalação da barreira policial na entrada de Areia Branca era uma luta antiga encampada a partir do ano 2000, pelo empresário e então vereador Cleodon Bezerra de Oliveira, presidente da Câmara Municipal na época.
O assunto veio à tona em forma de debate. Atendendo ao chamado do legislador vieram a Areia Branca, para uma audiência pública sobre segurança, na época, o secretário estadual de Segurança, o comandante do policiamento do interior, representantes dos mais destacados segmentos, que debateram a exaustão a proposta de instalação da barreira policial.
Depois de o tema ser debatido à exaustão, os presentes na audiência pública concordaram com a implantação desse sistema sugerido por Cleodon Bezerra, por entenderem que seria o meio mais prático para atuar contra a criminalidade, pelo fato de a cidade só possuir uma entrada.
Depois de muitas mobilizações do próprio Cleodon Bezerra, dos poderes Executivo e Legislativo e da classe empresarial da cidade, a barreira policial foi construída. Mas seu funcionamento foi questionado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que desaprova a presença de policiais militares no local, alegando ilegalidade, até mesmo pelo fato de o empreendimento estar situado às margens de uma rodovia federal, a BR-110.
O posicionamento da PRF em relação ao posto policial gerou muitos questionamentos na cidade, nos últimos dias, a ponto de o prefeito Manoel Cunha Neto, "Souza" (PP), ir à Advocacia-Geral da União, em Natal, defender a permanência do posto em funcionamento. Em meio às justificativas e como forma de assegurar que o posto não fosse desativado, o gestor sugeriu que durante o dia a prefeitura instalasse ali uma espécie de central de informações turísticas e durante a noite, ficasse a cargo da polícia para dar continuidade ao trabalho de monitoramento. A sugestão foi acatada.
Para Cleodon Bezerra, antes da instalação da barreira policial, a população areia-branquense estava assustada com o aumento da onda de criminalidade. Ele lembra que a falta de segurança na cidade motivou uma série de assaltos, tentativas de morte (comerciantes foram baleados), sequestros de famílias que ficaram reféns de bandidos fortemente armados (lembrando os casos das famílias de um bancário e de um grande comerciante da cidade), além de mortes violentas motivadas pela onda de violência que se estendeu na cidade.
Cleodon Bezerra disse à reportagem que ficou provado nesses poucos meses de funcionamento, que a barreira policial constitui um grande benefício para a população, e que desde a sua instalação os areia-branquenses se sentem mais seguros, mais protegidos.
O empresário conclui seu raciocínio reforçando que depois da barreira policial a onda de assaltos no município reduziu sistematicamente. "E mesmo os acidentes envolvendo veículos motorizados também diminuíram", finaliza Cleodon Bezerra.
FONTE: O MOSSOROENSE
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