Tamires Damasceno, 16, pode ficar paraplégica.
Ela foi levada para um hospital particular .
A adolescente Tamires Damasceno, de 16 anos, baleada no sábado (20) dentro do cemitério Vila Rio, em Guarulhos, na Grande São Paulo, foi transferida na tarde desta segunda-feira (22) para um hospital particular da cidade.
Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital estadual Padre Bento e, de acordo com os médicos, está consciente e tem quadro de saúde estável.
A paciente está passando por exames para avaliar se o tiro que a atingiu no pulmão esquerdo, chegando à coluna, não a deixará paraplégica. “Lá (no hospital particular), se ela precisar fazer fisioterapia é melhor. Faz todo o tratamento de uma vez”, contou o motorista Lúcio Damasceno Nascimento, de 44 anos, tio da menina, justificando a transferência, que ocorreu pouco depois de 16h.
A mãe dela, Tânia, também foi atingida no tiroteio e está no Hospital Geral de Guarulhos. Ela foi ferida com uma bala ainda na axila. As duas estavam no cemitério para visitar o túmulo do pai de Tamires.
Segundo a polícia, dez homens saíram da favela Crepúsculo, que fica ao lado do cemitério, e entraram atirando em direção a Paulo Luiz da Silva, um foragido da Justiça. Os policiais contaram que ele era o alvo dos criminosos e estava no Vila Rio para acompanhar a exumação do corpo do irmão. Silva também estava armado e reagiu, levando um tiro no tórax. Após ser operado, ele seguiria para a prisão a fim de cumprir a pena por homicídio. Silva e o grupo da favela teriam desavenças.
O tio de Tamires contou que a menina conseguiu na tarde desta segunda conversar pela primeira vez com a mãe pelo telefone. “Elas se falaram pelo celular e isso deixou a Tamires mais alegre." De acordo com ele, a menina passará por mais exames, pois até agora os médicos não teriam conseguido ver com precisão o tamanho da lesão. “O local está muito inchado”, afirmou ele, referindo-se à região da coluna da paciente.
Na manhã desta terça, a avó de Tamires, Elza Soares Damasceno informou que a menina sentiu um formigamento nas pernas. E contou ainda como foi o momento em que mãe e filha foram baleadas.
"A menina estava desabafando, falando da saudade que sentia [do pai]. [A mãe] disse que a menina estava de costas. Ela [a mãe] viu os camaradas aparecerem com revólver na mão. Ela correu para abraçar a filha para se jogar no chão, mas não deu tempo", disse Elza. De acordo com a avó, mãe e filha estavam abraçadas quando aconteceram os disparos.
FONTE: G1
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