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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

RN tem a segunda pior malha viária do Nordeste

O Rio Grande do Norte tem a segunda pior malha viária do Nordeste (42, 8% ruim e péssimo) e perde apenas para o estado de Alagoas que tem 43,5% das rodovias estaduais e federais nessa situação. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada ontem. A classificação para a edição 2010 da pesquisa destaca ainda duas rodovias do Rio Grande do Norte em “péssimo” estado — RN-233, que interliga Apodi a Campo Grande, e a RNT-110/BR-110, interliga Areia Branca a Antônio Martins.

Os técnicos da CNT levaram em conta a situação de pavimentação, sinalização e geometria na 14ª edição da pesquisa, a exemplo das séries publicadas nos anos anteriores. Apenas uma rodovia no Estado, a BR-304, obteve uma pontuação “ótimo”, no quesito pavimentação. A mesma rodovia federal consta como “boa” na classificação geral, mas tem deficiências quanto à sinalização e geometria, consideradas regulares.

Um dos fatores avaliados que mais contribuiu para a classificação geral das estradas do Rio Grande do Norte foi a “geometria” (RN teve classificação “péssima”). Pistas sem acostamento, com traçados sinuosos e repletos de curvas, ou mesmo com faixas de rolamento estreitas. Boa parte dessas estradas com geometria considerada péssima é rodovia estadual.

Quase a totalidade das estradas estaduais receberam avaliação “regular” e “ruim” no aspecto pavimentação. Situação que pode ter sofrido alteração após a conclusão dos levantamentos de campo por parte dos técnicos da CNT. A sinalização é um aspecto também preocupante nas estradas federais e estaduais que cruzam o Rio Grande do Norte, sendo a maioria considerada ruim ou regular.

Desperta a atenção as classificações para a rodovia federal BR-101: variando de regular (geral, pavimentação e sinalização) a péssimo (geometria). A pesquisa não explica se nos 186 quilômetros pesquisados está incluso o trecho duplicado e entregue pelo Departamento Nacional de infraestrutura de Transporte.

A pesquisa da CNT é um retrato das rodovias durante as inspeções técnicas. Algumas desses acessos podem ter sofrido intervenção após as vistorias ainda este ano, gerando um cenário diferente àquele apresentado pela Confederação Nacional dos Transportes.

A 14ª Pesquisa CNT de Rodovias indica e conclui que, em 2010, houve evolução qualitativa nos 90.945 quilômetros de rodovias brasileiras pesquisadas. Apesar de ainda existir uma significativa extensão de trechos com algum tipo de deficiência, verificou-se, neste ano, uma ampliação em termos de extensão favoravelmente classificada, sobretudo nos índices relacionados à qualidade do pavimento. Soma-se a isso uma redução do número de pontos críticos encontrados.

A análise dos técnicos da CNT destaca a importância de o País dispor de uma rede rodoviária de qualidade: por ela circulam cerca de 60% do total de cargas e mais de 90% dos passageiros. Ainda segundo as considerações finais da pesquisa, rodovias em boas condições se traduzem em melhores situações operacionais aos transportadores e vantagens em termos de desempenho e de custo.

Condições das estradas no país melhoraram este ano

Brasília (ABR) - O estado das rodovias brasileiras melhorou no último ano. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), 14,7% das rodovias avaliadas são classificadas como ótimas; 26,5% como boas; 33,4% como regulares; 17,4% estão ruins; e 8%, péssimas. Durante 37 dias, de maio a junho, 15 equipes de pesquisadores da CNT avaliaram as condições de conservação do pavimento, da sinalização e da geometria viária dos 90.945 quilômetros localizados nas cinco regiões do país. O estudo, divulgado na noite de ontem (14) inclui ainda toda a rede federal pavimentada e a malha constituída pelas principais rodovias estaduais.

Em 2009, a Pesquisa CNT de Rodovias analisou 89.552 km. O percentual de rodovias consideradas em ótimo estado foi de 13,5%; e em bom estado, de 17,5%. A pesquisa apontou que 45% estavam em situação regular e os índices de ruins ou péssimas foram de 16,9% e 7,1%, respectivamente.

A qualidade da pavimentação e da sinalizações melhoraram 8,3 e 5,7 pontos percentuais, respectivamente. Em 2009, 45,8% dos pavimentos estavam em bom (7,3%) ou ótimo (38,5%) estados. Em 2010, este percentual aumentou para 54,1% – sendo 9,6% considerado bom, e 44,5% em ótimo estado. Em 2009, 36,1% das sinalizações eram consideradas boas (16,5%) ou ótimas (19,6%). Na pesquisa mais recente, 41,8% delas foram consideradas boas (21,9%) ou ótimas (19,9%). Isso representa um aumento de 5,7 pontos percentuais.

A CNT credita essas melhorias ao aumento de investimentos federais na área de infraestrutura. Segundo a entidade, de 2007 a agosto de 2010, o governo destinou R$ 27,71 bilhões a infraestrutura de transportes.

FONTE: TRIBUNA DO NORTE

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