A quadrilha conhecida como "Família Danielowski", presa durante operação conjunta entre as polícias da Paraíba, Pernambuco e Alagoas, na última sexta-feira, investia em equipamentos de última geração para novas ações criminosas e na abertura de pequenas empresas para lavagem de dinheiro.
O grupo, composto por dez pessoas - oito já presos e dois foragidos - é acusado de 14 roubos nos três estados, que teriam rendido cerca de R$ 2 milhões nos últimos seis meses. Na Paraíba, eles teriam agido nos roubos às agências do Banco do Brasil de Pitimbu e Caaporã, este último no início de agosto.
O coordenador do GOE/PB, Wallber Virgolino, explicou que a quadrilha, conhecida como "Família Danielowski" era chefiada por Valrides Pereira, pai de Eduardo Felipe Danielowski Pereira, César Danielowski e Vanessa Adriane Danielowski, todos envolvidos nos crimes. Além deles, foram presos também Ricardo Severino de Alcântara, Cezar Cardoso de Lima, Israel Gomes Sobrinho e Silvio Roberto da Silva Peixoto. Os três últimos e Eduardo Felipe foram presos em flagrante na última quinta-feira quando arrombavam caixas eletrônicas da agência do Banco do Brasil do município pernambucano de Quipapá. Eles estão detidos no Centro de Triagem de Abreu e Lima (PE).
"É uma quadrilha de atuação interestadual, que investe parte do dinheiro furtado em equipamentos de alta tecnologia, como maçaricos a laser para não chamar a atenção dos vizinhos das agências e outros equipamentos. Eles também investem na aquisição de estabelecimentos comerciais diversos, como depósitos de bebidas e mercadinhos; festas e outras situações", explicou Wallber.
Agências do BB eram alvos
Segundo o delegado do GOE/PB, Jean Francisco, a quadrilha agia preferencialmente contra o Banco do Brasil e em municípios pequenos dos três estados. "O BB é responsável pela custódia do dinheiro federal e possui mais agências nos locais de atuação, por isso, a preferência da quadrilha, que já roubou também o Banco Real em Alagoas e Pernambuco", explicou.
A última atuação do grupo na Paraíba foi em Caaporã, no início deste mês. "Recebemos informações de que integrantes do grupo passaram na cidade antes e tinham alterado as câmeras do circuito interno de TV. Iniciamos as investigações e, em 15 dias, conseguimos chegar até eles", falou o delegado de Caaporã, Rodolfo Santa Cruz.
As investigações foram realizadas em parceria com a Delegacia de Roubos e Furtos do Departamento de Crimes Patrimoniais de Pernambuco (Depatri/PE), a Seção Especial de Roubo a Banco do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Alagoas e a Delegacia de Caaporã.
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