O juiz Fábio Uchôa, em exercício no 4º Tribunal do Júri, marcou para o dia 25 de maio, às 13h, o julgamento dos acusados de envolvimento no assassinato do policial civil Félix dos Santos Tostes, ocorrido em 22 de fevereiro de 2007, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Um dos julgados será o policial civil André Luiz da Silva Malvar, que é genro do ex-vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho. Ele foi preso em Natal no final de 2008, após fugir da a carceragem do Ponto Zero, em Campo Grande.
O policial assassinado na ocasião era suspeito de chefiar a milícia que atua na Favela de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Os acusados do crime são, além de Malvar, o ex-vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho (assassinado em 10 de junho do ano passado num condomínio na Barra), e o também policial civil Raphael Moreira Dias.
Os três chegaram a ser presos preventivamente, mas Nadinho e Raphael conseguiram o direito de responder em liberdade. Malvar — que é réu em outro processo por homicídio — continuou na cadeia. Entretanto, ele fugiu da carceragem do Ponto Zero, em Campo Grande, em 23 de janeiro de 2008, sendo recapturado oito meses depois numa praia em Natal, no Rio Grande do Norte. Após a fuga de Malvar, o governador Sérgio Cabral determinou a desativação do Ponto Zero, carceragem exclusiva para policiais civis.
Segundo o jornal Extra, de acordo com a denúncia do Ministério Público, Félix teria sido morto a mando de Nadinho. André Malvar seria um dos executores. Já Raphael teria monitorado os passos da vítima no dia do crime e repassou às informações aos assassinos. Com o crime, Nadinho pretendia evitar que Félix — que era querido pelos moradores de Rio das Pedras — se candidatasse nas eleições de 2008 e tomasse a sua vaga na Câmara de Vereadores do Rio.
Ainda segundo o jornal carioca, em troca de ajuda de Malvar e Raphael — que pertenciam à milícia comandada por Jerominho — Nadinho teria prometido uma parte do controle da Cooperativa de Transporte Alternativo de Rio das Pedras, cujo lucro anual na época era de R$ 60 milhões, segundo as investigações da polícia.
FONTE: DN ONLINE
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