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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Caraúbas figura entre as mais violentas

Uma pesquisa realizada nas 5.564 cidades brasileiras apontou o município de Caraúbas, distante 72 km de Mossoró, como uma das mais violentas do Brasil durante o período que compreende os anos de 1997 e 2007. A cidade oestana ficou com a posição de número 190, à frente de cidades como Fortaleza, capital do Ceará. Natal, por exemplo, não aparece nem entre as 300 mais violentas. O estudo, intitulado "Mapa da Violência 2010 - Anatomia dos Homicídios no Brasil" é uma referência em todo País.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Sangari, sediado em São Paulo (SP), e refere-se ao número de assassinatos que foram registrados em todas as cidades brasileiras. Para cada tipo de cidade foi realizado um cálculo diferente. Em Caraúbas, por exemplo, cuja população se encaixava no perfil (existem vários perfis) que compreende "acima de 2 mil habitantes e menor do que 10 mil", foi feita uma média de três anos (de 2003 a 2007). A quantidade de mortes registradas na cidade neste período foi de 7, 2, 4, 6 e 14, respectivamente, o que a colocou como a única do RN entre as 300 mais violentas.
Para o experiente delegado Maurílio Pinto de Medeiros, que hoje está à frente da Delegacia de Capturas (DECAP), em Natal, mas foi subsecretário de Segurança Pública e Defesa Social do RN e investigou dezenas de crimes cometidos na região Oeste do RN, a figuração de Caraúbas entre os mais perigosos do Brasil deve-se a dois pontos específicos. Primeiro por causa de uma verdadeira guerra que aconteceu entre as famílias Carneiro e Simião. Por conta disso, explica o delegado, várias pessoas foram mortas, justamente durante o período que a pesquisa catalogou números de homicídios.
Então, explica Maurílio, como o número de habitantes da cidade é relativamente baixo, diante da quantidade de assassinatos, Caraúbas terminou figurando entre as 300 mais violentas do Brasil. "Esses índices são muito relativos. Primeiro porque pode aumentar um índice por um fato isolado, como oito bandidos que foram mortos em Angicos (refere-se a uma operação realizada há alguns meses). Então podem acontecer distorções", comenta o delegado, que afirma não ter ideia de quantas pessoas morreram, ao certo, em Caraúbas e cidades da região devido à "guerra" entre as duas famílias.
O delegado Osmir Monte, diretor do Departamento de Polícia Civil do Interior (DPCIN), que coordena todas as delegacias do interior, concorda com a visão do delegado Maurílio Pinto, mas lembra que "em Caraúbas existe uma situação diferente". "Eu entendo que é uma região atípica. A vingança é uma situação que está impregnada. A gente monitora todos os municípios do Rio Grande do Norte, mas Caraúbas é uma situação a parte. É muito delicado", explica Osmir Monte, lembrando, como exemplo, a execução do ex-prefeito de Campo Grande, referindo-se à violência da região.
"Esse caso que aconteceu com o ex-prefeito de Campo Grande... Ele era protegido pela polícia há muito tempo... Isso foi uma desavença cometida há muito tempo atrás. A pessoa que quer vingar não esquece. Então, isso pode durar 10, 20 anos... Essa é uma característica forte de uma parte das pessoas não só de Caraúbas, mas de toda aquela região", complementa o delegado, lembrando, porém, que nem todos os moradores da região são violentos. "Tem coisas que a polícia não tem nem como evitar porque a vingança está no cerne daquela cidade, porém, é claro, não são todos", ressalta.
FONTE: JORNAL DE FATO

NOTA: Apesar dos grandes esforços que a policia militar vem fazendo na cidade, que começou com o Ten. Brilhante e vem dando continuidade com Ten. Eromar, Caraúbas ainda figura como uma grande vilã do estado, VALE SALIENTAR QUE ESTES TRABALHOS COMEÇARAM EM 2004, E APENAS TRÊS ANOS DESTE TRABALHOS ENTRARAM NAS ESTATÍSTICAS.

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