Informação foi repassada pelo vice-presidente do Sinpol-RN, em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM, na manhã desta quarta-feira (10).
O Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte afirma que o Estado tem atualmente um déficit de 7.150 policiais civis. Em entrevista ao Jornal 96, da 96 FM, o vice-presidente do Sinpol-RN, Djair Oliviera, declarou que o último concurso realizado representa um “parcela insignificante” da atual necessidade.
Os policiais civis cobram o cumprimento dos acordos realizados em dezembro do ano passado, quando eles deflagraram uma paralisação. De acordo com o vice-presidente do Sinpol-RN, os presos continuam em delegacias, os aprovados no concurso ainda não foram chamados e as promoções dos policiais ainda não foram efetivadas.
“Hoje, o maior problema da polícia ainda é permanência de presos em delegacias, porque isso impede o trabalho de investigação. O governo disse que iria promover a retirada em 90 dias, mas, o prazo venceu no dia 4 de março e ainda temos delegacias abrigando presos”, conta.
Djair Oliveira ressalta que a Secretaria de Justiça e Cidadania assumiu a responsabilidade desses presos, mas, não os removeu das unidades policiais. “Delegacia não é cadeia, não é presídio, não é nem pra ter celas”, frisou.
O Sinpol-RN vai se reunir amanhã a tarde com o Gabinete Civil para tratar da pauta de reivindicações. Eles também cobram a convocação dos aprovados no concurso público da Polícia Civil.
“Está faltando vontade política, porque recentemente foram chamados mil policiais militares que, inclusive, já estão em formação. Então, porque não chamar os policiais civis”, questiona.
Segundo Djair, a formação desses novos agentes, delegados e escrivães amenizará o problema da segurança pública no Rio Grande do Norte. Mesmo assim, ele ressalta que a quantidade de convocados representa uma “parcela insignificante para a demanda do trabalho policial no Estado”.
O vice-presidente do Sinpol-RN informou que, depois de um levantamento, a categoria chegou a conclusão que o déficit atualmente é de 1.150 policiais. “Seria preciso mais seis mil agentes, 350 delegados e 800 escrivães, tendo em vista que 77,5% dos municípios do Estado não contam com efetivo da Polícia Civil”.
Outro ponto da pauta de reivindicações do Sindicato é a efetivação das promoções de carreira dos policiais. “A gente não está pedindo salário por salário. Faz cinco anos que nenhum policial civil é promovido no RN, por uma questão de incompetência por parte do governo, porque a legislação existe”.
Djair Oliveira destacou que além de condições de trabalho, o governo deve ser preocupar com a valorização do profissional, buscando essas promoções que estão atrasadas. “Esse projeto faz com que o policial seja enquadrado no nível em que ele realmente está. Muitos policiais já deveriam estar recebendo o que tem direito”.
Ouça agora a entrevista concedida ao Jornal 96 desta quarta-feira, (10).
FONTE: NO MINUTO
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