Presa desde a última terça-feira(23), Maria das Graças Gomes, de 31 anos, acusada de ter raptado uma criança de apenas dois dias de nascida, está recebendo atendimento médico dentro da Delegacia de Polícia Civil de Apodi. A acusada foi autuada por sequestro e cárcere privado e, ao prestar depoimento ao delegado Caetano Baumman, à frente do caso, disse que levou a criança porque sonha em ser mãe, chegou a engravidar e havia perdido o filho, de quatro meses, há cerca de 15 dias.
O diretor geral da Maternidade Claudina Pinto, João Pinto, afirmou que esteve pessoalmente na delegacia na noite da terça-feira e examinou a acusada. "Ela estava com pressão alta, 16 por 11, queixava-se de muita dor de cabeça e a medicamos", afirma o médico. "Mas aparentemente não há sinais de que a gravidez tenha sido interrompida", contrapõe. Segundo João Pinto, o advogado de Maria das Graças irá pedir na Justiça para que sua cliente possa fazer exames mais detalhados, no próprio hospital, para confirmar a informação. O diretor disse também, que levou uma parteira experiente que atestou a gravidez.
Na manhã de ontem, a acusada foi novamente consultada na delegacia e, segundo João Pinto, sua pressão continuava alta, 15 por 10, mas ela não reclamou de dores nem sangramento.
Sobre a possibilidade da acusada ter problemas mentais, o chefe de investigações afirmou que acredita em um "descontrole momentâneo", já que ela "é inteligente, articula bem das idéias e estava até se preparando para enfrentar concursos públicos". O diretor da maternidade, porém, afirmou que a mulher já deu entrada no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município e que o advogado de defesa também pedirá à Justiça um parecer psiquiátrico.
Segundo o chefe de investigações, Maria das Graças afirmou em depoimento que o sonho de ser mãe a levou a cometer o crime. "Ela cuidou da menina o tempo todo, chegando a alimentá-la, mas em um determinado momento se arrependeu e levou a criança à casa onde ela foi encontrada pela polícia".A acusada acrescentou que ela mesma fez uma das ligações anônimas que levou a equipe da 3ª Companhia de Polícia Militar ao local.
Maria das Graças, de acordo com as informações policiais, seria dona de casa e cuidava da mãe, com quem mora. Segundo o diretor da maternidade, durante a visita da equipe à cela, a acusada teria pedido várias vezes para morrer.
FONTE: DN ONLINE
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