Maurílio Pinto diz que bando que atua naquela região tem participação em mortes no interior do RN e também na Paraíba.
O delegado Maurílio Pinto de Medeiros declarou que vários grupos de extermínio estão agindo no Rio Grande do Norte atualmente. “No entanto, o mais forte deles é o da zona Norte”. Ele explicou que esses bandos contam com a participação de policiais e a maioria das mortes está relacionada ao crime de extorsão.
“Os policiais descobrem os crimes e passam a cobrar dinheiros das pessoas envolvidas. Caso não recebam nada, eles vão lá e matam”, relata Maurílio Pinto. De acordo com o delegado, os principais envolvidos nos grupos de extermínios são policiais militares. Contudo, ele frisou que também existem policiais civis e até agentes penitenciários.
“Os PMs são maioria porque trabalham diretamente nas ruas”. Ainda segundo Maurílio, pelo menos cinco grupos estão atuando no Estado nos últimos meses. “O que posso dizer é que o da zona Norte realmente é o mais forte. Inclusive, eles também atuam na zona Sul, no interior do Rio Grande do Norte e até na Paraíba”, citou.
Maurílio Pinto comentou existem casos em que os policiais passam a proteger determinados traficantes e perseguem a chamada “concorrência”. “Se for preciso, eles matam mesmo para acertar conta dos traficantes”, afirma.
O delegado não soube precisar quantas pessoas estão envolvidas em um grupo. Porém, ele comenta que são muitos e que os membros dos bandos revezam os homicídios, para dificultar ainda mais o trabalho de investigação.
Além disso, o medo das testemunhas e familiares é citado por Maurílio como um grande complicador. “As pessoas sabem de muita coisa sobre as parcerias das vitimas, mas, têm medo de contar e acabarem mortas também”.
Durante entrevista ao Nominuto, o delegado Maurílio Pinto chegou a comentar que às vezes sabe de muita coisa envolvendo policiais, mas, tem até vergonha de falar. “O policial bandido é muito pior que o bandido mesmo. Ele trai a confiança que a sociedade depositou nele”, disse.
Chacina Gramorezinho
Sobre a última chacina registrada pela polícia, na quinta-feira da semana passada, o delegado informou que existe a suspeita dela ter sido cometida pelo grupo de extermínio da zona Norte.
“Três dessas vítimas são de Ipanguaçu e nós temos informações que esse grupo já esteve em Ipanguaçu para matar outras pessoas”.
Os mortos na chacina são: Alan Breno do Amaral Fonseca, de 17 anos; Alisson Bruno do Amaral Tavares, de 23 anos, mais conhecido como Cobra; Antonio Rafael Felipe Rocha, 17 anos, vulgo Super Choque.
Todos moravam em Ipanguaçu. O quarto assassinado foi Wellington Oliveira Bueno Brandão, de 37 anos, que morava na zona Norte de Natal.
Fonte: cabo heronides
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