Qual a função do chefe de operações?
O chefe de operações da Polícia Militar é responsável por coletar informações das ocorrências policiais e planejar e executar as operações como as barreiras, segurança em grandes eventos como Carnatal e eventos religiosos. Tudo dando apoio nas ruas.
Seu nome está sendo cotado para assumir como comandante ou sub do COM, o que o senhor acha dessa especulação? Existe verdade?
Preferia não comentar sobre especulação, mas posso garantir que estou trabalhando como sempre trabalhei.
Como o senhor vê a situação da segurança pública no Estado?
Nós, hoje, estamos bem equipados. Cada dia, cada ano, cada década, a Polícia tem que se aprimorar e os investimentos do Governo estão sendo satisfatórios através da compra de viaturas, equipamentos de proteção, equipamentos e, principalmente, na capacitação dos policiais, através da especialização estadual e a federal. São todos os anos dois ou três cursos. A segurança é direito do cidadão e dever de todos, quer dizer: todos participam da segurança pública. Desde o cidadão comum até as autoridades policiais e entidades como os jornais, ajuda o cidadão orientando como o cidadão pode transsitar, quais são as orientações da polícia. Ajudando, auxiliando repassando informações à sociedade.
Mais investimentos são necessários?
Qualquer forma de investimento é necessária.
A cidade tem enfrentado ama onda de assassinatos, chamados de execuções que gradativamente vem reduzindo, mas sempre acontecem. O que a polícia tem feito para acabar com essas execuções, quase que inevitáveis?
Veja só. As ocorrências de homicídios, os motivos são os mais variados. Desde rixas e crimes passionais, até acerto de contas por envolvimento com drogas. A Polícia Militar (PM) é uma polícia ostensiva. Ela está na rua através das suas viaturas caracterizadas, através da farda nas ruas e na grande maioria das vezes o homicídio independe da presença policial. Ela pode até evitar no momento em que a viatura passa, mas depois que aquela viatura passa tudo pode acontecer. Às vezes as coisas acontecem dentro da residência, encoberto naquele local e a Polícia Militar não tem como evitar alguns homicídios. Mas o que estamos fazendo? Colocando policiamento ostensivo através das nossas barreiras policiais, blitezen, operações tático-movel com viaturas, incluindo a Rocam [Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas], abordando as pessoas com atitudes suspeitas no meio da rua e apreendendo armas. Somente no ano de 2009, nós apreendemos 495 armas. Isso quer dizer: nós evitamos 495 potenciais homicídios, roubos e furtos com uso de armas de fogo. Além do patrulhamento aéreo com a utilização do helicóptero [Potiguar I], que pode dar apoio às viaturas a qualquer momento.
Quanto à corrupção na Polícia Militar. Há ou não há?
A Polícia Militar é uma instituição e tem profissionais como qualquer outra instituição. Então, pode existir e acontece de as pessoas, profissionais que tem sua índole, caráter e personalidade formados, usarem a farda para atuar de maneira ilícita. Podem existir policiais que utilizam a farda para praticar atos ilícitos.
O que pode ser feito para que se iniba essa prática dentro da corporação?
Nós temos todos os dias o comando de oficiais, principalmente os oficiais nas ruas apoiando que os policiais, que tomam conta, fiscalizam e orientam. Então, esse tipo de ilicitude que é cometida por alguns funcionários, alguns policiais militares, ao ser detectado - isso com a gente precisa da população através do 190, da Corregedoria e até das próprias delegacias distritais - e constatado que elas estão cometendo esse tipo de crime poderão até ser expulsas da Polícia Militar.
A transição do Comando de Policiamento da Capital (CPC) para o Metropolitano (CPM), que já existe de fato, mas de direito ainda não. Como está se dando e em que isso pode ajudar a população?
Pra nós é um momento de trabalho, mas é uma satisfação, porque os municípios que estão próximos a Natal, que muitas vezes tinham uma deficiência na parte de Polícia, hoje já estão sendo supridos através do policiamento metropolitano. Mas o que significa isso? Nós temos locais de sombra [locais sem o policiamento definido], que não era Natal e não era o município vizinho e com o Policiamento Metropolitano, nós estamos estendendo o policiamento a todas essas áreas. Com a questão da locação das viaturas, nós estamos com viaturas em todos os municípios e em todos os setores. Também tem a comunicação digital que integra essa área metropolitana que facilita bastante o trabalho da segurança e até o final do mês nós estaremos implementando e trazendo par anossa Central de Operações [Ciosp] a integração do 190 nos nove municípios da região metropolitana. Quem estiver em Nízia Floresta ou Ceará-Mirim, por exemplo, que ligar para o 190, a ligação não cairá mais dentro do município e sim na nossa Central. Ou seja, maior número de telefonistas para receber, pessoas treinadas, especializadas e as viaturas também atenderam mais rápido. Além disso, quem precisar de um deslocamento de viatura ou reforço policial como Bope [Batalhão de Operações Especiais], Rocam ou helicóptero, teremos condições de acionar a partir da nossa Central. Isso vai facilitar muito a vida do cidadão e pra nós também, pelo atendimento.
Como o senhor, como oficial da PM, analisa a Lei Detefon, que limita o tempo dos oficiais em cada patente?
Eu só acho que a pirâmide deve ser mantida e continuada. Porque o número de oficiais vai se estreitando e você não deve passar a vida toda parado, tem que andar na pirâmide que vai se afunilando e tenha uma continuidade. Eu hoje estou aqui, major, chefe de operações, mas tenho que estar apto a exercer qualquer outra função, assim como já fui subcomandante do 1º Batalhão, já trabalhei no trânsito, no Choque. A pirâmide sempre vai afunilando no final, mas acredito que a mudança com o tempo seja útil.
História na PM
1987 - Ingressou na Academia de Polícia de Paudalho/PE
1989 - Se forma e ingressa na PM de Pernambuco/RN
1991 - Trasfere-se para o RN e ingressa na Companhia de Choque [hoje, Bope]
1992 - Serve a 2ª CPM do 1º BPM [hoje, 9º BPM]
1994 - Integra a comitiva da Missão de Paz da Onu, em Moçambique
1996 - Trabalha no Batalhão de Trânsito [hoje, CPRE]
2001 - Participa do curso Carabineiros do Chile
2003 - Assume o subcomando do 1º BPM
2005 - Foi para a Guarda Municipal
2007 - Assume a chefia de operações da PM no CPC [hoje, CPM]
fonte:correio da tarde
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