Capitão Queiroz e Sérgio Maia
no momento em que o clima ficou tenso
O avanço da aviação em Mossoró teve mais uma vez o freio travado por um impasse entre o Corpo de Bombeiros e o Aeroclube da cidade.
Sem nenhuma explicação prévia os veículos com material de construção foram impedidos pelo Corpo de Bombeiros de entrarem no Aeroporto Dix-sept Rosado. No local da obra foi estacionado um trator da corporação impedindo que a escavação da obra seja iniciada.
Segundo Sérgio Maia, presidente do Aeroclube, a atitude do Corpo de Bombeiros foi abusiva e arbitrária. "Não entendemos essa atitude. Recebemos o chamado no zelador do Aeroclube informando que as máquinas estavam impedidas de trabalhar pelo Corpo de Bombeiros. Ao procurar o Tenente Queiroz, fomos ameaçados de prisão, caso continuássemos com a obra", informou.
De acordo com Sérgio a compra do material e a medição para escavação da obra só foram iniciadas depois da liberação do Governo do Estado que doou o terreno, da Aeronáutica, por meio do Comando Militar da Aeronáutica, Comar, da Agência Nacional de Aviação Civil, Anac, e do DER - que é o órgão administrador do aeroporto.
Para o membro do Aeroclube de Mossoró Penha Brasil a perseguição sofrida pelo órgão já ocorre há algum tempo.
Segundo ele, as duas instituições são vizinhas e a construção desse novo hangar estaria incomodando a corporação. "O Corpo de Bombeiros chegou de mansinho ocupou parte do aeroporto e está se apossando aos poucos. Como viram que a construção desse equipamento vai movimentar essa área, estão se sentindo incomodados e decidiram bloquear o crescimento da aviação mossoroense", declarou decepcionado.
Já o comandante Gilberto Pinto, membro do Aeroclube, considera a ação do Corpo de Bombeiros ditatorial. "Primeiro eles não são administradores do aeroporto. Segundo esse terreno pertence à união e terceiro no momento em que procuramos a corporação para saber o porquê da interdição fomos desprezados e ameaçados de prisão. Uma completa demonstração de abuso de poder", declarou.
Depois de constatar os fatos e ouvir as informações expostas pelos membros do Aeroclube de Mossoró, a nossa equipe tentou ouvir o comandante do Corpo de Bombeiros, Tenente Queiroz sobre o ocorrido. "Não tenho nenhuma declaração a dar sobre esse assunto. E caso à senhora insista vou ser obrigado a chamar uma guarnição para retirá-la da minha sala", disse o Tenente Queiroz em tom ameaçador.
A nossa reportagem continuou no local e só depois de muita insistência recebeu uma justificativa para o caso. Segundo Tenente Queiroz, a obra foi embargada por que o Aeroclube não providenciou o projeto de prevenção contra incêndio. "Toda e qualquer construção, que não seja familiar, deve apresentar o projeto ao Corpo de Bombeiros e foi isso que exigimos da instituição", explicou o tenente.
A associação já fez a notificação e tem agora cinco dias para apresentar a documentação, que, primeiramente, irá passar por avaliação pelos técnicos do Corpo de Bombeiros, para, em seguida, se aprovado, liberar a construção.
Para o presidente do Aeroclube de Mossoró, Sérgio Maia, as exigências serão todas cumpridas, mas a justificativa não convenceu. "Entendemos que toda essa celeuma não precisava ter acontecido. Bastava que o Corpo de Bombeiros tivesse agido como em qualquer obra da cidade. Nunca soube que o essa instituição chegasse em um prédio em construção e impedisse a chegada de material, que obstruísse obras com equipamentos próprios. Mas não baixaremos a cabeça e continuaremos na luta pelo crescimento da aviação em Mossoró e o novo hangar vai ser construído", disse emocionado.
fonte:correio da tarde
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