UTILIDADES PÚBLICAS

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Entidades médicas esclarecem pautas da mobilização nacional

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (3), as entidades médicas de Pernambuco se posicionaram sobre a mobilização nacional da categoria contra as medidas apresentadas pelo governo para a área de saúde. Os representantes, apoiados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), se mobilizam para defender a valorização dos programas de residência médica, bem como a aplicação do Exame de Validação do Diploma (Revalida) aos médicos estrangeiros.
Outras três reivindicações entraram em pauta: o investimento em estrutura de 10% da receita bruta das esferas nacional, estadual e municipal; a carreira de estado com financiamento também tripartite e a realização de concursos públicos que priorizem os profissionais locais. O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Mário Jorge Lobo, destacou que a paralisação só vai afetar serviços que podem ser reagendados. Setores como o de emergência, quimioterapia e cateterismo não vão sofrer interrupção.
As entidades buscam respostas da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e dos governos estadual e municipal que, desde a última quarta-feira (26) não respondem à solicitação de audiência enviada pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Associação Médica de Pernambuco (Ampe) e Associação Pernambucana de Médicos Residentes (APMR).

"O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, recebeu, junto ao secretário de Saúde, Antônio Carlos Figueira, um documento nosso solicitando audiência em função da vinda dos médicos estrangeiros. O mesmo ocorreu ao prefeito do Recife, Geraldo Júlio, e seu secretário de saúde, Jailson Correia. Até hoje, não recebemos nenhuma resposta", declarou a presidente do Cremepe, Helena Carneiro Leão, na manhã desta quarta-feira (3).
Em meio à discussão sobre a importação de médicos estrangeiros, o presidente da Associação Pernambucana de Médicos Residentes (APMR), Carlos Tadeu, defendeu que uma das soluções para a falta de médicos em unidades no Interior é o desenvolvimento de programas de residências nessas localidades.
"Para possibilitar a criação de um cenário favorável aos programas de residência, é preciso que o governo financie estruturas, insumos terapêuticos, insumos diagnósticos, e faça um reconhecimento financeiro e um plano de cargos e carreiras para médicos preceptores", acrescentou o representante dos residentes, que hoje cumprem 60 horas semanais e estão insatisfeitos com a remuneração de R$ 12,40 por hora de trabalho.

Por meio do presidente da Comissão de Saúde, Eduardo Dantas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE) levou apoio às reivindicações dos médicos. "A OAB-PE se junta a essa batalha pela garantia aos direitos da população e às condições de trabalho dos profissionais. Exigir a aplicação do Revalida não é um caso de xenofobia, é pedir apenas que a lei seja seguida. É importante reconhecer que os médicos estrangeiros só devem atuar aqui se tiverem realmente condições de se comunicar com a população, que deve estar a par de sua saúde", concluiu o presidente da Comissão de Saúde da OAB-PE, Eduardo Dantas.
FONTE : JC ONLINE

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