O blog GTC MOSSORÓ procura por correspondentes em outras cidades para colaborar com nossas postagens diárias. Envie-nos fotos; relate o FATO; ENTRE EM CONTATO. Desde já,agradecemos a colaboração! VENHA FAZER PARTE DESTA EQUIPE! Interessados enviar e-mails para gtcmossoro@gmail.com,gtcmossoro@hotmail.com, SKYPE - gtcmossoro

Pesquisar este blog

UTILIDADES PÚBLICAS

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

RN TEM 30% DO EFETIVO POLICIAL CIVIL PREVISTO


Efetivo da Polícia Civil é de 1480 policiais.
Quando deveria ter um total de 5150 Policiais.

A lei 417, de 2010, prevê que 5.150 policiais civis, de todas os níveis, sejam contratados no menor espaço tempo possível. Mas essa determinação não saiu do papel e o Estado conta, atualmente, com 1.480 policiais civis. A falta de delegados - especialmente no interior do Estado - é ainda mais grave. Dos 167 municípios norte-rio-grandenses, 127 não possuem delegados da Polícia Civil, e a responsabilidade pela Polícia Investigativa fica a cargo de profissionais que ficam lotados nas cidades maiores. Os números fazem parte de um novo levantamento realizado pela Associação dos Delegados da Polícia Civil No Rio Grande do Norte (Adepol). Como consequência mais flagrante, boa parte desses profissionais acabam assumindo a chefia em mais de um município. Segundo a presidente da Adepol, Ana Cláudia Gomes, o Governo Estadual vem adiando a entrega de uma previsão segura sobre quando irá nomear os novos delegados e outros aprovados no concurso público de 2008. Por enquanto, as contratações só serão feitas em caso de morte ou aposentadoria de profissionais na ativa. Mais de 400 aprovados no último concurso, entre delegados, escrivãs e agentes, esperam nomeação, e mais 390 suplentes aguardam o curso de formação. A efetivação desse contingente ajudaria a diminuir a sobrecarga de trabalho dos 55 delegados que atuam no interior do Estado. O despacho assinado semana passada pela juíza Patrícia Gondim Moreira Pereira determina a nomeação dentro do número de vagas previstas no edital, obedecendo a ordem de classificação. A decisão, no entanto, é passível de recurso.

NO RN, FALTAM DELEGADOS EM 127 MUNICÍPIOS 
Enquanto esperam por uma definição do futuro, o trabalho dos delegados se multiplica. Petrus Antônio Gomes, delegado titular na comarca de Currais Novos, está há 9 anos na função e, desde então, vem acumulando cargos. Além de cobrir mais três municípios ligados à comarca, Petrus substitui, atualmente, o delegado de Santa Cruz, cidade que coordena a segurança de mais 8 municípios. "Temos que nos desdobrar em 10. O jeito é priorizar os flagrantes, mesmo sabendo que não estamos prestando um serviço de boa qualidade", conta. Petrus planeja se reunir, em breve, com entidades e colegas de profissão para decidir se eles entregam, ao Governo estadual, as funções acumuladas. Mesmo sobrecarregados, os delegados continuam recebendo um único salário. A média é de 8 delegacias por delegado residente no interior. Outro desabafo vem de Getúlio Medeiros, titular da delegacia em Caicó, mas que atua junto a outros quatro municípios. Acusado pelo Ministério Público de negligência, Getúlio conta que se sente coagido. "Não estamos nessa situação por que queremos. Se não fazemos o nosso trabalho bem feito, é porque o poder público não nos dá chances", explica.O delegado aponta que a polícia civil deveria, ainda, realizar um trabalho de prevenção, o que não é possível no atual contexto. Das 65 comarcas - regiões que abarcam outros municípios - 22 se encontram sem delegado, entre elas Serra Negra, Jardim de Piranhas e Ipueira.

SINPOL/RN
Para o presidente do Sindicato da Polícia Civil no Rio Grande do Norte, Djair José de Oliveira, as soluções, tanto a curto quanto a longo prazo, passam pela ampliação de efetivo. "Cada delegacia deveria ter, ao menos, um delegado, um escrivão e 10 agentes, mas a nossa realidade é outra, de sucateamento", conta. De acordo com ele, a estrutura das delegacias também deixa a desejar. Faltam viaturas, armamentos e a proteção (coletes) usada pelos policiais é de baixa qualidade. "O resultado da deficiência no quadro é que as investigações não andam, outros crimes sequer recebem atenção, e a noção de impunidade aumenta, junto com a violência", conta Djair.

FONTE: TRIBUNA DO NORTE

Nenhum comentário: