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UTILIDADES PÚBLICAS

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Usuários da TIM dizem que serviços da empresa continaum com falhas

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Após 68 dias que a Justiça Federal do Rio Grande do Norte (JFRN) suspendeu por 90 dias a proibição imposta à operadora de telefonia celular TIM para comercialização e habilitação de novas linhas no RN, os clientes da empresa na cidade ainda sofrem com o sinal da operadora.
Mesmo anunciando no mês de fevereiro um plano de ampliação da capacidade da rede no Estado, totalizando um investimento de R$ 30 milhões, os problemas da qualidade dos serviços da TIM no município, de acordo com relatos dos clientes, só se agravaram.
Segundo a bacharela Isabela Santos, falar ao telefone pela TIM se torna cada vez mais difícil. "Há dois meses o sinal era razoável e a ligação durava em média 10 minutos. Agora a ligação mal dura um segundo. Estou muito insatisfeita com o serviço da operadora, pois não supre as minhas necessidades, nem mesmo a mínima função da telefonia, ou seja, uma simples ligação", reclama Isabela.
Para ela, os serviços deficitários da operadora estão causando danos materiais e morais, já que a relação com a família que mora em outro estado foi interrompida, bem como os prejuízos gerados pela ausência de êxito dos contatos profissionais. "Não estou conseguindo falar com minha família em Manaus (AM), mas até as ligações locais não duram, é muito transtorno", enfatiza a bacharela.
O estudante Leandro da Silva diz que nenhuma melhoria no sinal foi percebida depois de passados meses da determinação da Justiça para expansão da rede da operadora. Aliás, segundo ele, falar ao telefone pela TIM é um martírio. "Quando não está sem sinal, minhas ligações não duram nem um minuto, logo caem. Com isso, tenho que ligar novamente e os créditos são retirados toda vez, isso é um absurdo. Como não tenho uma linha de outra operadora tenho que utilizar essa com esses problemas", conta o usuário.
A equipe de reportagem do O Mossoroense foi conferir as reclamações dos usuários da TIM no município. Na ocasião, as reclamações em relação aos serviços deficitários foram constatadas. Na primeira tentativa, a ligação começou a falhar até ser interrompida após 30 segundos de diálogo. Já no segundo teste, a ligação sofreu interrupção com apenas três segundos de conversa.   

PROCESSO
A decisão expedida no dia 28 de fevereiro pelo juiz federal Magnus Delgado determinava que durante esse período a empresa estaria obrigada a apresentar à Justiça, a cada 30 dias, "todos os resultados da efetiva execução do projeto apresentado, tudo com os relatórios de acompanhamento e pareceres conclusivos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), quanto à solução, ou não, dos problemas que deram origem ao pedido dos Ministérios Públicos Federal e Estadual".
Conforme assessoria de comunicação da JFRN, a operadora já enviou dois relatórios de implantação do plano de expansão referentes aos 60 dias passados da decisão judicial. "O primeiro relatório foi apreciado pelo Ministério Público e em seguida encaminhado à Anatel para o parecer técnico do órgão e o segundo está com o MP. O processo está com juiz que fará um despacho ao pedido do Ministério Público", informa a assessoria.
Para indagar sobre o parecer do Ministério Público Estadual em relação ao primeiro relatório de implantação do plano de ampliação apresentado pela TIM, a equipe de reportagem do O Mossoroense procurou a Promotoria de Defesa do Consumidor, autora da ação ministerial. Entretanto, na Promotoria a equipe foi informada de que o promotor José Augusto Peres está viajando e somente ele poderia se pronunciar sobre o assunto.
FONTE: O MOSSOROENSE

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