O blog GTC MOSSORÓ procura por correspondentes em outras cidades para colaborar com nossas postagens diárias. Envie-nos fotos; relate o FATO; ENTRE EM CONTATO. Desde já,agradecemos a colaboração! VENHA FAZER PARTE DESTA EQUIPE! Interessados enviar e-mails para gtcmossoro@gmail.com,gtcmossoro@hotmail.com, SKYPE - gtcmossoro

Pesquisar este blog

UTILIDADES PÚBLICAS

terça-feira, 5 de abril de 2011

Delegado do RJ diz que mudança de critérios reduziria desvio de armas

Ele prestou depoimento nesta segunda à CPI das Armas, na Alerj.
Segundo ele, 70% das armas apreendidas poderiam ser destruídas.

O diretor da Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos da Polícia Civil (Dfae), delegado Claudio Vieira, afirmou nesta segunda-feira (4), que a adoção de alguns critérios para a destruição de armas poderia reduzir em 70% o número de armas que foram apreendidas e que estão sendo guardadas pela Polícia Civil no Rio de Janeiro. Ele falou em depoimento na CPI das Armas, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), nesta segunda-feira (4), que quer traçar um mapa da entrada do armamento nas favelas do Rio. As informações são da assessoria da Alerj.
Os deputados foram informados de que os maiores problemas na destinação adequada de armas acauteladas no estado eram causados por falhas na comunicação entre a Polícia Civil, que as protege, e o Exército, encarregado de destruí-las. Por isso, a CPI decidiu interceder pelo aumento do percentual de destruições.
De acordo com a assessoria, o delegado informou que são 150 mil armas de fogo e mais de quatro toneladas de munição sob custódia do estado. “Imagina se 70% dessas 150 mil armas pudessem ser destruídas? Isso facilitaria o controle, ganharíamos todos”, disse o presidente da CPI, deputado Marcelo Freixo (Psol), que pretende visitar o depósito da Dfae, e contatar o Comando Militar do Leste.
A CPI já ouviu o ex-subchefe da Polícia Civil, Carlos Oliveira, que rebateu acusações feitas por uma testemunha que o levaram à prisão, durante a Operação Guilhotina, da Polícia Federal.
Critérios para destruir mais armas
A possibilidade de redução do arsenal acautelado é possível, segundo Vieira, caso seja adotado o princípio de que armas não associadas a casos de homicídio e sem dono possam ser destruídas após o prazo de cinco anos. Segundo a Alerj, a iniciativa se baseia também na alegada saturação do depósito e pelos indícios de que a manutenção de armas nessas condições facilita desvios de material para organizações criminosas.
A Alerj também informou que o delegado relatou caso de armas que estavam acauteladas voltarem ao Dfae, sem que se soubesse como saíram, admitindo que o sistema de vigilância do depósito não o protege “de quem estiver mal intencionado”. “É a prova cabal de que nós temos problemas internos. Há um processo claro de corrupção interna”, frisou Freixo. Para minimizar essas fragilidades, o delegado defendeu também que armas apreendidas em “perfeito estado” pudessem ser incorporadas ao arsenal da polícia, e que a destruição do arsenal fosse feita dentro das dependências da Dfae para evitar desvios durante seu transporte.
Outras convocações
Para a Alerj, o depoimento também confirmou a posição que os parlamentares vinham firmando em relação às falhas no rastreamento de munições. Segundo Vieira, só as empresas são encarregadas de marcar as munições e a maioria das apreensões é de produto nacional. “O que nos mostra que por mais importante que seja a questão da proteção às fronteiras, ela muitas vezes é utilizada como cortina de fumaça”, alertou Freixo.
De acordo com a Alerj, as informações trazidas por Vieira motivaram algumas sugestões de convocação, todas aprovadas pelos parlamentares. O deputado Flávio Bolsonaro (PP) defendeu a convocação da única empresa brasileira produtora de munição, assim como a vinda dos representantes do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e da Delegacia de Repressão de Armas e Explosivos. “Temos que ouvir quem faz as apreensões, quem rastreia e quem faz a perícia”, disse o deputado Luiz Paulo (PSDB). O vice-presidente da Comissão, deputado Zaqueu Teixeira (PT) acrescentou a necessidade de que fosse ouvido o representante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), ao qual é ligado o Esquadrão Antibomba, que se encarrega dos explosivos. O grupo receberá também o ex-deputado federal pelo PPS-PE Raul Jungmann, que foi o relator da CPI das Armas no Congresso.
FONTE : G1

Nenhum comentário: