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UTILIDADES PÚBLICAS

domingo, 27 de março de 2011

Mesmo com prisões, bandidos continuam

Cinco homens foram presos e outros dois mortos em uma operação realizada na quinta-feira passada. O grupo é acusado de integrar uma quadrilha que vem atacando bancos no Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba durante os últimos meses. Antes disso, a polícia do RN já havia prendido outras pessoas, assim como a paraibana e a cearense. As prisões têm ocorrido, mas os crimes não param de acontecer. Para a polícia, são grupos diferentes que ora se unem, ora acionam novos criminosos.
A quadrilha presa na região Oeste do Rio Grande do Norte, na operação de quinta-feira passada, 24, é composta por criminosos do Rio Grande do Norte e do Ceará, o que reforça a tese defendida pelo subsecretário da Segurança Pública e da Defesa Social do RN, Silva Júnior, de que os criminosos se unem e se separam de acordo com suas conveniências. "Não existe uma organização que comanda tudo. O que existe são grupos que se encontram quando vão praticar um crime e depois se separam. Quando o crime é no Ceará, os bandidos daqui vão, participam e depois voltam para casa", explicou.
Tal conclusão surgiu a partir de uma investigação feita por policiais federais do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba, que têm feito um trabalho conjunto acerca dos ataques que vêm sendo praticados contra agências bancárias de todo o Nordeste. "Eles agem em diversos estados diferentes. São pessoas que às vezes nem se conhecem e só se encontram na hora do assalto", destacou o subsecretário, lembrando que esse intercâmbio entre bandidos de locais diferentes dificulta ainda mais o rastreamento desses grupos, já que eles não têm uma região fixa para agir e serem monitorados facilmente.
Pouco antes dessa operação realizada na quinta-feira passada, a polícia do RN já havia obtido bons resultados na "guerra" contra os assaltantes de banco, que vêm desafiando as autoridades em vários estados do Nordeste nos últimos anos. O comandante-geral da Polícia Militar do RN, coronel Francisco Araújo Silva, lembrou que aproximadamente 5 toneladas de explosivos já tinham sido apreendidas nas cidades de Lajes e Carnaubais. "Possivelmente, parte desses explosivos seria direcionada para esses grupos e nós conseguimos evitar que isso acontecesse com a apreensão", lembrou Araújo.
Entretanto, após essa apreensão e a prisão de algumas pessoas, novos ataques a bancos foram registrados no Rio Grande do Norte. No início da semana passada, por exemplo, foram dois ataques praticamente simultâneos em cidades do RN. O primeiro foi em um posto de combustível da capital, de onde os bandidos conseguiram fugir levando pelo menos o dinheiro de um caixa eletrônico - havia três - e o segundo foi no Banco do Brasil de Umarizal. Nesse segundo caso, os bandidos não tiveram êxito. Eles chegaram a usar explosivos para invadir a agência, mas não conseguiram entrar.

Polícia atribui pelo menos dois crimes à quadrilha presa
A quadrilha que foi presa na quinta-feira passada está sendo acusada de pelo menos dois crimes cometidos no Rio Grande do Norte durante os últimos meses. O primeiro é a tentativa de assalto contra a agência do Banco do Brasil do Umarizal, ocorrida na quinta-feira passada, e o segundo foi a tentativa de assalto a um banco em Serra do Mel, em 2010, quando o grupo invadiu a delegacia da cidade, rendeu, humilhou e agrediu dois policiais.
A Polícia Federal diz ter certeza que o grupo está envolvido em outros ataques contra agências bancárias do RN e também de outros estados, alguns com a utilização de explosivos ou maçaricos. Entre o arsenal que foi apreendido com a quadrilha, estava justamente um maçarico, o que comprova as suspeitas dos investigadores.
Em Umarizal, o grupo usou explosivos para tentar violar a parede que dá acesso aos caixas eletrônicos, mas não conseguiu. Recentemente, ocorreram várias ações em que os bandidos utilizaram maçaricos, como Mossoró, por exemplo, quando criminosos invadiram a agência do Banco do Brasil que fica no cruzamento das avenidas Felipe Camarão e Alberto Maranhão, no Centro de Mossoró.
Em julho do ano passado, a mesma agência que foi atacada por bandidos na quinta-feira passada havia sido explodida.
O crime foi realizado quase que simultaneamente em Umarizal e Martins, cidades vizinhas. O ataque ocorreu na madrugada do dia 9 de julho. A primeira agência a ser invadida foi a de Umarizal. De lá, o grupo seguiu para Martins, onde explodiu outros caixas.
Nesses dois assaltos, o que chamou a atenção das autoridades potiguares foi a suposta presença de uma mulher que foi vista nas filmagens do sistema de câmeras dos bancos.
Até hoje essa suposta mulher, que aparentemente exercia um papel de liderança dentro da quadrilha, não foi identificada - se foi, não foi revelado.
Com a prisão dos cinco - fora uma mulher detida também -, a polícia diz acreditar que crimes dessa natureza deverão reduzir nos próximos meses. "A tendência é que esse tipo de ação diminua com essa operação. Podemos dizer que foi uma baixa para a quadrilha - dois mortos e cinco presos", disse o subsecretário da Segurança Pública e da Defesa Social do Estado, Silva Júnior.
Suspeitos são de diferentes regiões
As prisões feitas na quinta-feira passada mostram que a quadrilha é formada por pessoas de várias áreas diferentes. Têm suspeitos do Alto Oeste potiguar, outros do Médio Oeste e do interior do Ceará. Porém, a Polícia Federal disse que a quadrilha é formada por aproximadamente 20 bandidos.
Na entrevista coletiva concedida na quinta-feira passada, logo após a prisão do grupo, a PF não quis detalhar a investigação, mas confirmou que existem outros criminosos ligados às ações desse grupo para serem presos nos próximos dias.
Até a tarde da quinta-feira passada, o cerco ainda continuou na zona rural de Umarizal, onde uma parte da quadrilha foi localizada. Dois foram mortos e um terceiro foi preso no local. A suspeita das autoridades é que haveria ainda outros integrantes da quadrilha que teriam furado o cerco.
Apesar do forte esquema de segurança montado na região, não houve mais nenhuma prisão. Ao todo, foram mobilizados cerca de 60 policiais, entre agentes federais e militares.
O delegado-chefe da Polícia Federal de Mossoró, Francisco Martins, avisou durante a coletiva que iria continuar com as investigações, que estão sendo feitas em conjunto pela Polícia Federal da Paraíba e do Ceará.
FONTE : Jornal de Fato

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