Ter o CPF roubado pode ser motivo de grande dor de cabeça para a vítima. A orientação da Receita Federal para quem perdeu o documento é registrar o caso com boletim de ocorrência em qualquer delegacia. Também é importante procurar um advogado para informar-se sobre como agir.
O professor Marcos Rocha, que teve seu CPF roubado há 14 anos, ainda é vítima de fraudes no Rio e em outros estados. Ele já enfrentou processos para tirar o nome de multas e dívidas adquiridas por estelionatários.
De acordo com o professor, dois anos após o roubo, seu CPF começou a ser usado em fraudes. Rocha recebeu em casa prestações de dois automóveis financiados na Bahia.
Em 2003, ao fazer a declaração de Imposto de Renda, descobriu que teve o nome usado por estelionatários no Distrito Federal. O professor recorreu à Justiça, mas os golpes continuaram. Surgiam financiamentos em uma imobiliária de Brasília e linhas telefônicas por todo o país.
Já no ano seguinte, o professor descobriu que tinha um carro registrado em Brasília, com multas que chegavam a R$ 20 mil. Rocha recorreu ao Detran do Distrito Federal e tentou um acordo, mas precisou novamente mover uma ação judicial.
Apesar dos esforços, o professor pode ter bens penhorados pela Justiça para pagar a dívida. Ele já gastou R$ 6 mil com advogados.
Segundo a Receita Federal, mesmo em caso de CPFs clonados, só é possível cancelar ou trocar o número do documento com decisão judicial. A Receita também faz um alerta aos comerciantes: como o documento não tem foto, nem assinatura, só tem validade se apresentado com um documento como a identidade e a carteira de motorista.
FONTE: G1
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