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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mãe do traficante Mister M conta como foi levar filho para a polícia

Quando a polícia fechou o cerco sobre o Complexo do Alemão, no sábado, dona Nilza Maria da Silva tomou uma atitude. Respirou fundo e atravessou a barreira policial para salvar a vida do filho. Diego Raimundo Silva Santos, que ganhou fama na comunidade como Mister M, foi convencido pela mãe a se entregar à polícia um dia antes da ocupação da comunidade.

Num casebre na Rua Joaquim de Queiroz, um dos pontos mais movimentados do tráfico de drogas, dona Nilza encontrou o rapaz de 25 anos. Não via o temido Mister M, braço-direito de Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, chefe da facção: só reconhecia Diego, assustado e com medo de morrer. Com um pastor da igreja e outro filho, Marcos Paulo da Silva, fiel da Assembleia de Deus, dona Nilza e Diego oraram, ajoelhados no chão da casa.

Lágrimas de filho
— Eu perguntei: “Diego, vamos embora?”. Aí, meu outro filho perguntou se ele estava disposto a entregar a vida dele a Jesus e largar a vida do crime. Ele fez que sim, balançando a cabeça, e chorou — contou a mãe, no trailer onde vende marmitas para motoristas de vans no Complexo da Penha.

A tensão só diminuiu depois que eles conseguiram passar por uma barreira formada por policiais e soldados do Exército, na Estrada do Itararé, no entorno do Complexo do Alemão. Diego não quis ir à casa da mãe, porque fica perto do 16º BPM (Olaria). Ali, ela o convenceu a se entregar à polícia. Quatro dias depois, dona Nilza convive com a angústia de não ter notícias do filho. Mas alimenta uma esperança daquelas que só as mães são capazes: de ver Diego fora da cadeia. E, mais importante, longe do envolvimento com o crime.

— Melhor ver meu filho preso do que num caixão. Minha esperança é que ele seja outra pessoa ao sair de lá.
 
De fiscal de van a homem de confiança de Pezão
O rapaz tímido que trabalhava como fiscal de vans na Rua Crato, em frente ao trailer da mãe, tinha um sonho: queria ser soldado da Aeronáutica. Religioso, ele teve aulas no antigo projeto Jovens Pela Paz — hoje, Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem).
Aos 18 anos, surpreendeu a família ao se envolver com a criminalidade. Seduzido pelas correntes de ouro, tênis de marca e mulheres bonitas que fazem parte de um universo dominado por fuzis e drogas, Diego virou Mister M. Apesar de conquistar respeito pela proximidade com Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, ele sempre baixava a cabeça quando a mãe falava.
Dona Nilza só decidiu entregar o filho quando viu “seu Ferreira” na operação no Alemão. Pelo celular, combinou um ponto de encontro na Avenida Lobo Júnior, na Penha, onde entregou o filho ao policial Carlos Augusto Ferreira, da 6ª DP (Cidade Nova).
O policial conheceu Diego há dez anos, ao dar uma palestra sobre drogas no programa Jovens Pela Paz. Na época, Ferreira trabalhava numa delegacia especializada no combate às drogas.

— Conheci o Diego antes do tráfico. Era um garoto normal, que ia à escola. Não parecia que iria se envolver com o tráfico — afirma Ferreira.
FONTE: CASO DE POLICIA - EXTRA ONLINE 

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