Flagrante: Uno é dominado pelas chamas. Dentro dele estavam quatro pessoas. Três morreram
Os três ocupantes do segundo veículo atingido pela carreta tiveram morte imediata. Os corpos foram retirados das ferragens pelos Bombeiros e colocados na pista antes da chegada do rabecão
O Uno da Secretaria de Saúde de Choró ficou destruído depois de atingido pelo incêndio. Os corpos das vítimas estavam carbonizados e foram levados para o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO)
Expedito Rocha conta que escapou por pouco de também morrer na estrada
O acidente ocorreu por volta das 7 horas de ontem(17), quando havia uma extensa fila de carros formada por conta de outro acidente, envolvendo um motociclista, poucos quilômetros à frente, o que causou a obstrução da via.
"O trânsito estava lento, quase parado, quando a carreta veio com velocidade, arrastando tudo o que estava pela frente", lembra o empresário Antônio Micarton de Oliveira, que estava em seu veículo New Civic e testemunhou, pelo retrovisor, toda a cena trágica. "Parecia coisa de filme", relata.
Segundo ele, um barulho muito forte marcou o impacto da carreta de placa HYN-3150, de Fortaleza, que estava carregada com sal, com o primeiro veículo - um Fiat Uno branco da Secretaria de Saúde do município de Choró. Nele estavam o motorista Francisco José Agostinho de Morais, 38, uma mulher e duas crianças. O carro incendiou e apenas o motorista foi retirado antes que o fogo consumisse tudo. As outras pessoas morreram carbonizadas e os corpos não foram identificados.
Em seguida, a carreta bateu contra outro Uno branco, de placa MNB-0483, de uma empresa de construção civil, onde estavam o auxiliar de laboratório de solo José Francisco de Oliveira, 39; Erinaldo Gomes de Morais, 23, auxiliar de laboratório de solo e o também digitador José Claudiomiro Chagas dos Santos, 23. Os três morreram na hora, presos às ferragens. De acordo com pessoas que conheciam as vítimas, os três rapazes trabalhavam juntos.
Na sequência, a carreta atingiu outros cinco veículos - o Corsa preto de placa KKE-9499, de Quixadá/CE; o Gol preto de placa HXF-4443, de Morada Nova/CE; o Gol cinza de placa HNA-8670, de Belo Horizonte/MG; o Siena preto de placa HUV-3364 de Pacajus/CE e a caçamba carregada com areia de placa HTY-8482.
O impacto com a caçamba, segundo o inspetor Danilo Lima, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi o que evitou que a carreta atingisse outros automóveis. "A caçamba ´amorteceu´ o impacto, porque estava carregada, e depois disso a carreta caiu no barranco", explica o policial. O motorista da carreta, Raimundo Silva Gurgel, fugiu.
Socorro
Ambulâncias e dois helicópteros da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer). As aeronaves levaram as vítimas mais graves para o IJF. O motorista do Uno que pegou fogo, Francisco José Agostinho de Morais, teve 40 por cento do corpo queimado. Também ficaram feridos a auxiliar de enfermagem Francisca Katiane Nogueira Mendes, 35; Sara Herbênia Pereira, Elisvaldo Gomes de Moura, Fátima Jeane Moreira de Sousa e Maria das Graças Calixto.
DEPOIMENTOS
Motoristas revelam a aflição no local
Guiadores que se envolveram no desastre deram entrevista ainda sob o impacto emocional depois da tragédia
"Na hora, só pedi a Deus para não morrer. Depois que o susto passou e vi que eu estava inteiro, agradeci. Foi a minha caçamba que impediu que a tragédia fosse muito maior".
As palavras emocionadas do motorista Luís Neudo da Rocha, 50, foram proferidas no momento em que ele observava a retirada dos três corpos carbonizados de dentro do Uno Mille, ontem pela manhã.
Neudo, que é motorista de caminhão há 30 anos, afirma que nunca tinha se envolvido em acidente. Ontem pela manhã, guiava sua caçamba de placa HTY-8482 quando sentiu a pancada da carreta arrastando o seu veículo. "
Quando bateu na caçamba, a carreta já tinha arrastado os seis carros pequenos. O meu evitou uma desgraça maior, porque acabou jogando a carreta pra beira da pista. Minha caçamba evitou a morte de mais gente nessa tragédia", disse. Assim como aconteceu à carreta, a caçamba também caiu num barranco às margens da BR-116 após a colisão.
Neudo teve que sair pela janela da cabine, mas sofreu apenas arranhões. "Saí do veículo e a primeira coisa que vi do meu lado foi o corpo de um homem pegando fogo. Fui correndo socorrer", contou. Também teve sorte o aposentado Expedito Rodrigues Rocha, 66. Ele era o motorista do Gol preto que foi arrastado pela carreta. "Estava sozinho, ia para Fortaleza buscar minha família que chegava de São Paulo. O pensamento estava bem distante quando ouvi o estrondo e vi a sombra da carreta por cima do meu carro. Achei que ela ia virar por cima de mim", lembrou.O Uno branco incendiava de um lado, do outro, estava a carreta. "Passa um monte de coisas pela cabeça da gente, a gente pensa que vai morrer. Rezei, pedi a Deus que não me levasse", disse. Quando conseguiu forças para reagir àquela situação, Expedito puxou o carro para o lado contrário. "Eu ia colidir e pegar fogo também".
NATHÁLIA LOBOSUBEDITORA DE POLÍCIA
"O trânsito estava lento, quase parado, quando a carreta veio com velocidade, arrastando tudo o que estava pela frente", lembra o empresário Antônio Micarton de Oliveira, que estava em seu veículo New Civic e testemunhou, pelo retrovisor, toda a cena trágica. "Parecia coisa de filme", relata.
Segundo ele, um barulho muito forte marcou o impacto da carreta de placa HYN-3150, de Fortaleza, que estava carregada com sal, com o primeiro veículo - um Fiat Uno branco da Secretaria de Saúde do município de Choró. Nele estavam o motorista Francisco José Agostinho de Morais, 38, uma mulher e duas crianças. O carro incendiou e apenas o motorista foi retirado antes que o fogo consumisse tudo. As outras pessoas morreram carbonizadas e os corpos não foram identificados.
Em seguida, a carreta bateu contra outro Uno branco, de placa MNB-0483, de uma empresa de construção civil, onde estavam o auxiliar de laboratório de solo José Francisco de Oliveira, 39; Erinaldo Gomes de Morais, 23, auxiliar de laboratório de solo e o também digitador José Claudiomiro Chagas dos Santos, 23. Os três morreram na hora, presos às ferragens. De acordo com pessoas que conheciam as vítimas, os três rapazes trabalhavam juntos.
Na sequência, a carreta atingiu outros cinco veículos - o Corsa preto de placa KKE-9499, de Quixadá/CE; o Gol preto de placa HXF-4443, de Morada Nova/CE; o Gol cinza de placa HNA-8670, de Belo Horizonte/MG; o Siena preto de placa HUV-3364 de Pacajus/CE e a caçamba carregada com areia de placa HTY-8482.
O impacto com a caçamba, segundo o inspetor Danilo Lima, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi o que evitou que a carreta atingisse outros automóveis. "A caçamba ´amorteceu´ o impacto, porque estava carregada, e depois disso a carreta caiu no barranco", explica o policial. O motorista da carreta, Raimundo Silva Gurgel, fugiu.
Socorro
Ambulâncias e dois helicópteros da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer). As aeronaves levaram as vítimas mais graves para o IJF. O motorista do Uno que pegou fogo, Francisco José Agostinho de Morais, teve 40 por cento do corpo queimado. Também ficaram feridos a auxiliar de enfermagem Francisca Katiane Nogueira Mendes, 35; Sara Herbênia Pereira, Elisvaldo Gomes de Moura, Fátima Jeane Moreira de Sousa e Maria das Graças Calixto.
DEPOIMENTOS
Motoristas revelam a aflição no local
Guiadores que se envolveram no desastre deram entrevista ainda sob o impacto emocional depois da tragédia
"Na hora, só pedi a Deus para não morrer. Depois que o susto passou e vi que eu estava inteiro, agradeci. Foi a minha caçamba que impediu que a tragédia fosse muito maior".
As palavras emocionadas do motorista Luís Neudo da Rocha, 50, foram proferidas no momento em que ele observava a retirada dos três corpos carbonizados de dentro do Uno Mille, ontem pela manhã.
Neudo, que é motorista de caminhão há 30 anos, afirma que nunca tinha se envolvido em acidente. Ontem pela manhã, guiava sua caçamba de placa HTY-8482 quando sentiu a pancada da carreta arrastando o seu veículo. "
Quando bateu na caçamba, a carreta já tinha arrastado os seis carros pequenos. O meu evitou uma desgraça maior, porque acabou jogando a carreta pra beira da pista. Minha caçamba evitou a morte de mais gente nessa tragédia", disse. Assim como aconteceu à carreta, a caçamba também caiu num barranco às margens da BR-116 após a colisão.
Neudo teve que sair pela janela da cabine, mas sofreu apenas arranhões. "Saí do veículo e a primeira coisa que vi do meu lado foi o corpo de um homem pegando fogo. Fui correndo socorrer", contou. Também teve sorte o aposentado Expedito Rodrigues Rocha, 66. Ele era o motorista do Gol preto que foi arrastado pela carreta. "Estava sozinho, ia para Fortaleza buscar minha família que chegava de São Paulo. O pensamento estava bem distante quando ouvi o estrondo e vi a sombra da carreta por cima do meu carro. Achei que ela ia virar por cima de mim", lembrou.O Uno branco incendiava de um lado, do outro, estava a carreta. "Passa um monte de coisas pela cabeça da gente, a gente pensa que vai morrer. Rezei, pedi a Deus que não me levasse", disse. Quando conseguiu forças para reagir àquela situação, Expedito puxou o carro para o lado contrário. "Eu ia colidir e pegar fogo também".
NATHÁLIA LOBOSUBEDITORA DE POLÍCIA
FONTE: COELHO FATOS E NOTICIAS
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