Presos do Pavilhão II, da Cadeia Pública de Mossoró, Juiz Manoel Onofre de Souza, iniciaram uma rebelião na tarde de ontem, mantendo familiares reféns após o horário de visita. O motim é o segundo que acontece em menos de um mês, quando os mesmos detentos mantiveram mais de 60 pessoas, inclusive crianças recém-nascidas, por 18 horas, dentro das celas, no dia 28 passado.
Na tarde de ontem, o episódio voltou a se repetir, onde mulheres e crianças, após o horário de visita, foram obrigadas pelos presos a permanecerem na Cadeia Pública. O motivo seria em resposta a uma suposta agressão por parte dos agentes e policiais, que entraram no Pavilhão II à procura de dois homens que escaparam durante a manhã do Pavilhão I.
A esposa de um recluso, que estava na Cadeia quando começou a confusão, informou que os policiais do Grupo Tático Operacional (GTO), chamados para ajudar na captura dos fugitivos, entraram na ala das visitas e consequiram dominar a situação, explicou.
A mulher disse ainda que só conseguiu sair de lá devido estar na quadra quando os policiais chegaram. "Eles entraram e foram colocando as visitas para fora das celas. Mais de 20 pessoas foram colocadas à força para o lado de fora", contou.
Toda a confusão gerada na busca pelos fugitivos resultou na revolta dos detentos, que por volta das 16h não permitiram a saída dos familiares que ainda estavam na carceragem. A direção da instituição não soube informar com precisão quantas pessoas ficaram reféns, no entanto assegura que mais de 30, incluindo crianças, ficaram no local.
O diretor Alexandre Nobre esteve durante toda a tarde e início da noite negociando com os presos para liberar os reféns. O Copom informou que por volta das 18h30 os familiares começaram a sair e o motim acabou.
Mal-entendido provoca confusão entre policiais e presos
A fuga de quatro detentos provisórios da Cadeia Pública de Mossoró, na manhã de ontem, desencadeou uma falha no plano de gerenciamento de captura, proporcionando um mal-entendido, resultando na segunda rebelião em pouco menos de um mês.
Por volta das 10h45, quatro detentos do Pavilhão I fugiram pela quadra. Eles escalaram as grades da área de sol, subiram na laje de uma construção abandonada e conseguiram escapar.
Dois dos fugitivos foram recapturados ainda em cima do pavilhão e os outros pularam o muro e se embrenharam no mato. Quando os agentes capturaram os dois, deduziram que os outros tivessem entrado no Pavilhão II e se misturado em meio às visitas, fato que levou os agentes e policiais a entrarem no local e causarem a rebelião.
Os presos fugitivos: José Tales Maílson de Oliveira Reis, conhecido como "Apodi"; Francisco Ferreira de Lima, "Jucurutu"; Weverson Almeida Gomes, "Tartaruga"; e Amador Benício Júnior, os dois últimos foram recapturados ainda no local da fuga.
FONTE: O MOSSOROENSE
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