Foi divulgado na semana passada o resultado do último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) realizado no município. Com uma queda de 0,6% em relação ao índice anterior, o percentual ficou em 4,9%. Apesar do resultado positivo, um novo sorotipo do vírus da dengue que entrou no país e foi registrado no estado de Roraima preocupa as autoridades competentes.
"Nós estamos expostos ao 4º sorotipo da doença, porque ninguém teve esse vírus até o momento. Por ter entrado no país recentemente, não podemos afirmar se ele é mais ou menos grave. O grande problema é que como aqui no nosso município circula atualmente o sorotipo 3, pode haver um cruzamento de vírus e agravar a doença", alerta a coordenadora do programa de dengue no município, Tereza Moreira.
Ela reforça que a atenção dos mossoroenses deve ser redobrada no combate aos focos do mosquito, principalmente "porque Mossoró é uma cidade polo e por aqui passam muitos caminhoneiros de todas as partes do país". Em muitas cidades brasileiras, como Natal, o grande número de casos tem chamado a atenção para a possibilidade de um surto da doença.
Mossoró, que sofreu com o problema há cerca de três anos, tem a situação parcialmente controlada. "Até agora nós temos 14 casos da doença confirmados nesses oito primeiros meses do ano. Mas temos atenção redobrada com os bairros mais populosos como Santo Antônio, Belo Horizonte e Bom Jardim, onde a situação é mais crítica. Nesses locais geralmente o abastecimento de água é irregular e os moradores precisam armazenar água", ressalta a coordenadora.
O trabalho da Vigilância Sanitária precisa da colaboração dos moradores. Atualmente 126 agentes de endemias circulam pelas residências dando orientações e vistoriando as casas com a intenção de destruir possíveis focos do mosquito. "Os agentes só conseguem passar numa mesma casa a cada dois meses. Por isso, durante esse tempo, é a população quem tem que dar continuidade ao trabalho", pede.
A população deve estar atenta para os reservatórios de água destampados e lixo nos quintais que possibilitem o acúmulo de água. "As larvas, mais conhecidas como martelinhos, devem ser destruídas antes de darem o primeiro voo", alerta.
FONTE: O MOSSOROENSE
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