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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Caso Maisla: TJRN nega recurso em 2º Grau da defesa de Osvaldo

 
Osvaldo Pereira está preso desde o ano passado, acusado de matar Maisla.

Advogado Araken Farias havia entrado com pedido de retrocesso no processo, alegando cerceamento no direito de defesa.
Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte negaram um recurso da defesa do vendedor Osvaldo Pereira Aguiar. O advogado dele, Araken Farias, havia entrado com pedido de retrocesso no processo alegando cerceamento no direito de defesa. O recurso foi votado em 2º Grau e a Justiça entendeu que ele foi feito fora de prazo.

Osvaldo Pereira é réu no processo da morte da menina Maísla Mariano dos Santos, morta aos 11 anos, no dia 12 de maio do ano passado. O juiz Rosivaldo Toscano, da 2ª vara Criminal da zona Norte, publicou a sentença de pronuncia em março deste ano, determinando a ida de Osvaldo a Júri Popular.

Contudo, o advogado Araken Farias afirma que várias provas apresentadas durante o processo ficaram sem comprovação. “Com isso, nós fizemos requerimentos ao juiz que acabou concedendo. Mas, as diligências nunca foram realizadas pela Polícia Civil e pelo Itep. Por isso, entendemos que houve cerceamento da defesa”.

O advogado explica que algumas testemunhas disseram ter provas que incriminavam Osvaldo, como por exemplo, a existência de um machado e uma toalha dele que foi encontrada no local do crime. “Nós solicitamos essa toalha e não foi apresentada. Pedimos ainda a busca a apreensão do machado, que não foi feita, além de alguns exames do Itep”.

Por esse motivo, Araken Farias entendeu que o juiz não tinha condições de apresentar uma pronuncia baseado em provas que não foram materializadas. “Foi isso que motivou o recurso em 2º Grau. Mas, ainda não fui comunicado da decisão dos desembargadores. Se negaram, provavelmente vou recorrer novamente”, ressalta.

O recurso da defesa do principal acusado na morte da menina foi votado nesta quinta-feira (19) e deverá ser publicado nos próximos dias. O advogado disse ao portal Nominuto.com que na próxima semana também pretende pedir a revogação da prisão de Osvaldo Pereira.

“Nós entendemos que não há mais necessidade de se manter a prisão, porque já passou muito tempo”, comentou. Araken frisou, no entanto, que mesmo que tenha a prisão revogada, Osvaldo continuará preso, já que é condenado por crimes em outros estados.

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 FONTE: NOMINUTO

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