Após duas tentativas de fuga em menos de três dias na penitenciária de Alcaçuz, a maior do Rio Grande do Norte, o diretor do presídio, coronel Severino Reis, afirma que as tentativas de fugas são normais e fazem parte da rotina dos estabelecimentos prisionais.
“Para mim, tudo está dentro da normalidade. Tentativas de fuga têm todos os dias. O preso, estando preso, tenta fugir. O mais importante para a sociedade é que os presos não fujam, é que a gente evite que eles fujam”, disse o diretor.
A denúncia que um agente penitenciário fez ao Nominuto.com sobre a estrutura precária e o clima tenso vivido na unidade é rebatida pelo Coronel. “Todos os dias nos reunimos com os agentes, e tudo aqui é feito em comum acordo. Noventa por cento da nossa administração é feita em conjunto com os agentes”, alegou.
Há menos de 15 dias, ele afirma ter realizado uma pesquisa interna para saber se algum funcionário gostaria de ser transferido do local. “Eu fiz uma enquete por escrito perguntando se os agentes querem permanecer aqui. Nenhum manifestou desejo de sair”.
Ele admite haver uma grande deficiência de agentes penitenciários. Ao ser questionado sobre a quantidade de funcionários, o diretor preferiu não revelar quantos trabalham em Alcaçuz atualmente por questão de segurança, mas contabiliza que a necessidade é de no mínimo 120 agentes para uma escala de serviço boa e coerente. “O sistema penitenciário brasileiro deixa muito a desejar”, pontuou.
Na opinião do diretor, os agentes que reclamam da situação do presídio não colaboram com o trabalho de ressocialização feito na unidade. “Talvez sejam agentes que não colaboram muito, que não querem que façamos um trabalho humanitário, de ressocialização dos presos. Eu acredito na ressocialização de alguns presos que não são de alta periculosidade”, diz.
FONTE: NO MINUTO
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