O julgamento dos três acusados de matar o cacique guarani-kaiowá Marcos Veron, líder indígena reconhecido no Brasil e no exterior, está marcado para amanhã em São Paulo.
O crime ocorreu em janeiro de 2003, no município de Juti (MS). Os réus são Estevão Romero, Carlos Roberto dos Santos e Jorge Cristaldo Insabralde. A acusação será auxiliada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e o júri acompanhado por organizações internacionais.
O julgamento ocorre em São Paulo pelo fato de a Justiça Federal ter aceitado o argumento do Ministério Público Federal (MPF) de que um júri formado em Mato Grosso do Sul não teria a isenção necessária para julgar o crime.
Na avaliação do antropólogo Rubem Thomaz, a realização do júri tem grande valor simbólico no enfrentamento da violência contra os indígenas de MS. Ele ressalta que a impunidade em crimes contra os índios é frequente e que muitos inquéritos não chegam sequer a apontar suspeitos. Simbolicamente é de muita relevância julgar o assassinato de um índio, o que não é corriqueiro ocorrer em Mato Grosso do Sul", afirmou o antropólogo em entrevista à Agência Brasil.
De acordo com o MPF, a morte do cacique foi consequência de uma série de três ataques ao longo de dois dias contra os índios que estavam acampados na fazenda Brasília do Sul, reivindicada por eles como terra indígena Takuara.
FONTE:ESTADÃO.COM.BR
O julgamento ocorre em São Paulo pelo fato de a Justiça Federal ter aceitado o argumento do Ministério Público Federal (MPF) de que um júri formado em Mato Grosso do Sul não teria a isenção necessária para julgar o crime.
Na avaliação do antropólogo Rubem Thomaz, a realização do júri tem grande valor simbólico no enfrentamento da violência contra os indígenas de MS. Ele ressalta que a impunidade em crimes contra os índios é frequente e que muitos inquéritos não chegam sequer a apontar suspeitos. Simbolicamente é de muita relevância julgar o assassinato de um índio, o que não é corriqueiro ocorrer em Mato Grosso do Sul", afirmou o antropólogo em entrevista à Agência Brasil.
De acordo com o MPF, a morte do cacique foi consequência de uma série de três ataques ao longo de dois dias contra os índios que estavam acampados na fazenda Brasília do Sul, reivindicada por eles como terra indígena Takuara.
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