Os agentes penitenciários e policiais da Cadeia Pública Juiz Manoel Onofre de Souza, situada na zona rural de Mossoró, contam com um reforço extra desde quinta-feira passada(1º), quando foram instalados dois aparelhos eletrônicos, semelhantes àqueles que são usados nos aeroportos para coibir a entrada de armas, telefones celulares e outros objetos. São dois portais, chamados de Pórticos Detectores de Metais e dois Magnetrômetros Portáteis, aparelhos móveis. Os equipamentos foram cedidos pelo Ministério da Justiça (MJ) para várias prisões do Estado.
De acordo com o secretário de Justiça e Cidadania do RN, Leonardo Arruda Câmara, os equipamentos foram entregues em Mossoró e também na Cadeia Pública de Caraúbas no dia 24 do mês passado. De acordo com Arruda, a utilização destes mecanismos é mais uma arma para combater a violência a partir das prisões e faz parte de uma parceria que foi firmada entre o Governo Federal e o Governo Estadual. Os equipamentos de segurança eletrônica cedidos ao RN eram do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), que é responsável pelo Sistema Prisional Federal (SPF).
A Cadeia Pública de Mossoró passou pela primeira revista eletrônica no último fim de semana, porém, nenhum objeto foi apreendido. Para o diretor daquela unidade, o advogado Alexandre Nóbrega, "essas novas ferramentas irão ajudar e muito na fiscalização". "Vai melhorar demais, com certeza. Vai servir também para tranquilizar nossa equipe no que diz respeito à possível entrada de objetos não-autorizados. Isso daí (as máquinas) vai pegar até pensamento... Essa questão de entrada com celulares... Vai ajudar muito o nosso pessoal", comemora Alexandre Nóbrega.
Um dos aparelhos foi instalado na entrada da unidade prisional. Assim, todos os visitantes que chegam ao local, automaticamente, passam por uma primeira revista, que pode detectar a presença de armas, drogas e telefones celulares, este último, considerado pelas autoridades como um dos principais problemas nas unidades prisionais de todo o Brasil. "A gente utilizou em um dia de visita e, até agora, não foi detectado nenhuma irregularidade. Se alguém pensava em burlar a revista, que antes era feita pelos agentes, desistiu antes de entrar na cadeia", comenta Nóbrega.
Antes da chegada desses equipamentos, a revista nessas duas unidades prisionais da região era feita de maneira praticamente artesanal. Devido à pequena quantidade de agentes penitenciários, principalmente do sexo feminino, muitos objetos passavam "despercebidos". Em um dia de visita, era praticamente impossível revistar todos os visitantes. Então, só quando havia uma denúncia anônima ou suspeita contra um determinado visitante, este era submetido a uma revista íntima. "Agora, todo mundo que vier aqui (na Cadeia) será revistado", frisa.
FONTE: JORNAL DE FATO
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