Sargento da Aeronáutica vai a júri popular

A juíza Daniela do Nascimento Cosmo titular da 1ª Vara Criminal da cidade de Parnamirim proferiu, ontem, sentença contra o sargento da Aeronáutica Andrei Bratkowski Thies, Amilton Thies e Mariana Bratkowski Thies. O trio que é acusado de ter matado e ocultado o cadáver da dona-de-casa Andréia Rosângela Rodrigues será julgado pelo Tribunal do Júri Popular, em data a ser definida. Além da sentença, a magistrada manteve a prisão dos acusados. “A prisão é necessária não somente para a aplicação da lei penal, como também para garantir a ordem pública diante da comoção provocada pelo crime”.

Augusto César BezerraAndrei Thies matou Andréia Rosângela em 2009.

A juíza enfatizou ainda que Andrei e os pais mentiram do início até o final do processo. Os acusados vão ser julgados pelo juri popular pelo crime de homicídio por meio cruel, motivo torpe e por ter impossibilitado a vítima de se defender.

Memória

De acordo com o depoimento do sargento, na delegacia, Andréia teria saído de casa, em Cidade Verde, Parnamirim, no dia 22 de agosto de 2007, para comprar cigarro e não apareceu mais. Cinco dias depois, o sargento da Aeronáutica denunciou o desaparecimento da mulher na 2ª Delegacia de Polícia de Nova Parnamirim. Devido à complexidade, o caso passou a  ser investigado pelo delegado Raimundo Rolim, que na época era titular da Delegacia Especializada em Homicídios.
Dois meses após intensas diligências, Raimundo Rolim desvendou o assassinato que vitiou a dona de casa. Segundo a polícia, Andréia teria sido morta pelo marido (sargento) que teve a ajuda dos pais, Amilton e Mariana para ocultar o cadáver. Andréia foi enterrada no quintal do fundo de uma casa alugada (pela família do sargento), na Vila de Ponta Negra.
O delegado Raimundo Rolim disse na época que a mulher foi assassinada porque queria voltar para o Rio Grande do Sul, onde nasceu e pretendia levar a filha de um ano do casal.
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