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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Consumo de crack aumenta diminue a procura por maconha

Levantamentos feitos por policiais da Delegacia Especializada no Combate a Narcóticos (DENARC) demonstram que 80% das apreensões de drogas são de crack e cocaína. A maconha tem perdido espaço para o crack devido ao poder de vício e ao baixo valor em relação a outros tipos de drogas.
Embora gere menos renda para o traficante por peso de cocaína produzida, o crack, sendo mais viciante, garante um mercado cativo de consumo.
Estatísticas feitas em apenas dois meses na Denarc apontam uma relação de 500 pedras de crack apreendidas para cada 50 truxinhas de maconha.
Segundo delegado Denis Carvalho, titular da Denarc, antes do surgimento do crack havia uma elitização no consumo de drogas. "A cocaína era uma droga elitizada e a maconha uma droga considerada popular. O crack rompeu com isso e hoje invade e atormenta todas as camadas sociais ", daclarou Denis Carvalho.
Crack é uma droga feita a partir da mistura de cocaína com bicarbonato de sódio, e geralmente é fumado. É uma forma impura de cocaína e não um subproduto. O nome deriva do verbo "to crack", que, em inglês, significa quebrar, devido aos pequenos estalidos produzidos pelas pedras ao serem queimadas, como se quebrassem.
Chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido ao fato de a área de absorção pulmonar ser grande e seu efeito dura de 3 a 10 minutos, com efeito de euforia mais forte do que o da cocaína. Após a euforia, produz muita depressão, o que leva o usuário a usar novamente para compensar o mal-estar, provocando intensa dependência. Não raro, o usuário tem alucinações, paranóia e ilusões de perseguição.
O uso de cocaína por via intravenosa foi quase extinto no Brasil, pois foi substituído pelo crack, que provoca efeito semelhante, sendo tão potente quanto à cocaína injetada. A forma de uso do crack também favoreceu sua disseminação, já que não necessita de seringa. Basta um cachimbo, na maioria das vezes improvisado, como uma lata de alumínio furada, por exemplo.

Efeitos - O crack eleva a temperatura corporal, podendo causar no dependente um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A droga também causa destruição de neurônios e provoca a degeneração dos músculos do corpo, o que dá aquela aparência esquelética ao indivíduo: ossos da face salientes, braços e pernas finos e costelas aparentes. O crack inibe a fome, de maneira que os usuários só se alimentam quando não estão sob seu efeito narcótico. Outro efeito da droga é o excesso de horas sem dormir, e tudo isso pode deixar o dependente facilmente doente.
A maioria das pessoas que consome bebidas alcóolicas não se torna necessariamente alcóolatra. No caso do crack, o usuário se torna completamente viciado na droga, ficando dependente com apenas três ou quatro doses, às vezes até na primeira. Normalmente o dependente, após algum tempo de uso da droga, continua a consumi-la apenas para fugir do desconforto da síndrome de abstinência como depressão, ansiedade e agressividade, comum a outras drogas estimulantes.
Após o uso, a pessoa apresenta quadros de extrema violência, agressividade que se manifesta a princípio contra a própria família, desestruturando-a em todos os aspectos, e depois, por consequência, volta-se contra a sociedade em geral, com visível aumento do número de crimes relacionados ao vício em referência.
O consumo de crack fumado através de latas de alumínio como cachimbo, uma vez que a ingestão de alumínio está associada a dano neurológico, tem levado a estudos em busca de evidências do aumento do alumínio sérico em usuários de crack.

Associação à prática de crimes - O uso do crack e sua potente dependência psíquica frequentemente leva o usuário à prática de delitos para obter a droga. Os pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos, muitas vezes começam em casa. Muitos dependentes acabam vendendo tudo o que têm à disposição, ficando somente com a roupa do corpo. Se for mulher, não terá o mínimo escrúpulo em se prostituir para sustentar o vício. O dependente dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para consegui-la. É bom ressaltar que embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso, mas passa mais depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras por dia.
Seis vezes mais potente que a cocaína, o crack tem ação devastadora provocando lesões cerebrais irreversíveis e aumentando os riscos de um derrame cerebral ou de um infarto; porém, ao contrário do que se poderia imaginar, não são as complicações de saúde pelo uso crônico da droga, mas sim os homicídios que constituem a primeira causa de morte entre os usuários, resultantes de brigas em geral, ações policiais e punições de traficantes pelo não-pagamento de dívidas contraídas nesse comércio; outra causa importante são as Doenças Sexualmente Transmissíveis, como o HIV, por exemplo, por conta do comportamento promíscuo que a droga gera.

fonte:Gazeta do Oeste

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