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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Veículos retidos lotam postos da PRF

 FOTO:  MARCOS GARCIA

Acidentes trágicos deixam, além das vítimas e dos transtornos à sociedade, um outro problema. Este, mais silencioso, só pode ser notado com o passar do tempo: o acúmulo de veículos sucateados nos postos da Polícia Rodoviária Federal.
E não são só veículos envolvidos em acidentes. Automóveis e motocicletas retidos por acúmulo de multas e irregularidades também são facilmente encontrados nos postos.
Somente em Mossoró, existem hoje 171 motos e 112 carros retidos nos postos 1 e 2 da Polícia Rodoviária Federal, localizados na saída para Fortaleza (CE) e Natal, respectivamente.
No posto da saída para Fortaleza existem hoje 26 carros e 35 motos. Na outra via de acesso à cidade, no posto 2 da saída para Natal, são 136 motos e 86 carros.
O inspetor Arteiro explica que alguns desses veículos estão no local há muito tempo: "Tem carro aí que já faz dez anos ou mais e nunca veio ninguém procurar."
O subchefe da delegacia da Polícia Rodoviária Federal em Mossoró, Iatamy Gurgel, revela que existem veículos abandonados nos postos há mais de 16 anos.
Nesta semana, o assunto, que já foi debatido algumas vezes, voltou a ser assunto. Diante da grande quantidade de casos de dengue notificados no município, os veículos parados nos postos da PRF se tornam um meio fácil para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Mesmo com ações de combate sendo desenvolvidas no local, a grande quantidade de carros e o estado em que se encontram (muitos com amassaduras e vidros quebrados, o que facilita o acúmulo de água parada) impossibilitam a eficácia do trabalho. O que ficou constatado pelos agentes da Vigilância Sanitária é que a melhor solução seria a remoção dos veículos.
O assunto também é motivo de preocupação para a chefia da Polícia Rodoviária Federal.
"É um risco muito grande. A superintendência faz pressão para que a gente faça algum acompanhamento", disse Iatamy.
A ocupação do espaço físico é outro problema. Não há um local específico destinado para guardar esses veículos. Dessa forma, eles ficam acumulados nas proximidades dos postos da PRF, perto do acostamento. A cada ano, a fila de automóveis e motocicletas abandonados e retidos aumenta.
Muitas vezes, o valor das multas ou o tamanho do prejuízo (em casos de acidentes) fazem que os donos desistam de procurar o veículo. E se o dono vai buscar o que é seu, o que seria problema de um transforma-se em problema para muitos.
PRF recomenda negociação do veículo
A solução existente hoje para dar um destino a esses veículos é a realização de leilões. Entretanto, essa não parece ser e não tem sido uma medida muito eficaz.
No ano passado, a Polícia Rodoviária Federal de Mossoró realizou um leilão, por meio do qual conseguiu reduzir a quantidade de veículos em seus postos. Foram leiloados, na ocasião, cerca de 60 veículos.
Pra irem a leilão, os veículos devem estar no posto há mais de 60 dias, sem que ninguém tenha o procurado.
Nos leilões, são negociados tanto os veículos com condições de uso quanto os sucateados, que são repassados para ferros velhos e sucatas.
O leilão pode parecer uma medida simples, mas segundo o subchefe da PRF em Mossoró, Iatamy Gurgel, o processo de realização dos leilões desses carros e motos é de difícil elaboração.
"Sessenta dias após detido, o veículo já pode ir a leilão, mas tem burocracia demais", disse Iatamy Gurgel.
Para ele, a solução mais simples poderia partir do próprio dono do veículo.
"Esse acúmulo de veículos acontece porque o dono do carro não vai buscá-lo e não paga os débitos. Por exemplo: uma pessoa que tem uma moto apreendida com multas no valor de R$ 2 mil, muitas vezes, não tem de onde tirar esse valor e acaba deixando ela no posto. O que poderia ser feito, essa pessoa poderia vender essa moto por R$ 3 mil, pagaria as multas e ainda teria um saldo de R$ 1 mil", explicou o subchefe.
Para casos de perda total, o inspetor indica a negociação com os ferros velhos.
País inteiro registra mesmas dificuldades
O problema com os carros retidos nos postos da PRF não se limita apenas à cidade de Mossoró ou ao Estado do Rio Grande do Norte.
A grande concentração de veículos apreendidos em postos da Polícia Rodoviária Federal e o destino a ser dado para eles é uma preocupação nacional.
Se em Mossoró, há dezenas de veículos abandonados. Nas regiões metropolitanas, o problema se agrava ainda mais.
"Uma vez estive no Estado de Goiás, logo na entrada fiquei surpreso com a imensa quantidade de veículos apreendidos", contou Iatamy Gurgel, subchefe da PRF em Mossoró.
De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, em 2009 o Estado do Rio de Janeiro possuía cerca de 1.100 veículos mantidos sob custódia da PRF.
Em todo o país, o destino desses veículos é o mesmo. Eles são encaminhados para leilão. Quando o dono não procura, eles passam a ser propriedade da União.
Entretanto, as dificuldades burocráticas que atrapalham o processo em nível local também são representam uma tendência nacional.

Ellen Dias
Da Redação
fonte: jornal de fato

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